"Comprometi-me durante a campanha presidencial a lançar uma convenção cidadã e de fazer trabalhar as forças políticas neste tema. Na próxima terça-feira, vamos anunciar o método e como vamos ritmar este trabalho de forma a permitir à sociedade de acompanhar as evoluções indispensáveis neste tema", anunciou o Presidente.

Esta era uma hipótese já adiantada desde o início da semana pelos meios de comunicação social franceses, com a primeira-ministra a indicar num seminário governamental no fim de agosto que esta discussão iria começar este ano. Por enquanto, a eutanásia por desejo do paciente é proibida, sendo, no entanto, possível a eutanásia passiva, ou seja, que um médico reduza a alimentação artificial de um paciente em fim de vida.

Neste Conselho Nacional de Refundação, o Presidente Emmanuel Macron quer repensar o futuro da França trabalhando desde já em cinco campos: saúde, educação, emprego, envelhecimento da população e transição ecológica. Durante todo o dia haverá discussões sobre mudanças importantes na sociedade que depois serão declinadas ao nível local, ouvindo os cidadãos.

Este novo órgão é contestado pelos partidos da oposição e também por grandes centrais sindicais, que recusaram estar presentes nesta primeira reunião. Para os céticos desta iniciativa, Emmanuel Macron deixou um recado.

"Quando não estamos aqui, não podemos dizer que não fomos consultados ou que as decisões são muito verticais. Os ausentes nunca têm razão", declarou o líder francês.

O Presidente não exclui que muitas das medidas concertadas neste novo órgão possam vir a traduzir-se em referendos, com consultas alargadas junto da população já na próxima semana e com as propostas a serem acessíveis através de um site na internet.