Autor: Lusa /AO Online
Em declarações aos jornalistas na Feira de Solidariedade Rastrillo, em Lisboa, o chefe de Estado disse que vai estar “muito atento aquilo que vai ser este ano de 2023”.
“É evidente que 2022 foi muito marcado por ter havido eleições há seis meses ou sete meses. Agora, 2023 é um teste, é o primeiro grande teste antes das eleições europeias de 2024 e esses anos são fundamentais para se testar como é que enfrentamos a crise e como é que há condições políticas para levar por diante aquilo que os portugueses querem, que é ultrapassar essa crise”, defendeu.
Marcelo Rebelo de Sousa disse estar a falar “para o Governo e para todo o país”.
“Nós sabemos que há uma guerra, e sabemos que há inflação e sabemos que 2023 vai ser pior que 2022, e como for 2023 assim dependerá o resto da legislatura”, salientou, apontando que “é um ano decisivo”.
Questionado se serão necessárias mais medidas de apoio às empresas e às famílias para as ajuda a enfrentar a crise, o chefe de Estado afirmou que “se a situação for em 2023 pior do que em 2022 vai ser difícil não haver”.
“É tão lógico, tão lógico, tão lógico que decorre da natureza das coisas. Se de repente a inflação continuar muito alta, se a situação das famílias se degradar, se houver aquilo que não houve felizmente até agora, que é desemprego, então obviamente os apoios sociais têm de aumentar”, considerou.
E referiu que os próximos tempos serão “muito duros”.
“O ano de 2023 vai ser um ano de mais guerra, não sabemos até quando, também inflação, não sabemos até quando, de mais custos na vida dos portugueses, não sabemos até quando. Isso implica por um lado uma atenção por parte dos poderes públicos em apoios sociais, mas implica a solidariedade social”, sustentou.