Açoriano Oriental
Ponta Delgada ilumina-se
Em escassos minutos uma onda de luz propagou-se pelas principais artérias do centro histórico dePonta Delgada...
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Autor: Luísa Couto
Em mais de 50 ruas, praças, largos e jardins da cidade, desde o extremo da rua de Lisboa até à Avenida D. João III, o espirito de Natal fez-se sentir seja com música da época, seja com o cintilar de milhões de pequenas lâmpadas em 90 mil metros de mangueiras luminosas.
Um mar de brilhos que por esta época invade a cidade e que para muito mais não é do que um despertar para aquela que é considerada “a época mais mágica do ano”. Por essa razão, não é era de estranhar os sorrisos rasgados de algumas crianças que passavam no largo da Matriz quando ontem, pelas 18H30, se acendiam as primeiras luzes...
“É o Natal, mamã?”, perguntava um deles.
Pelo meio, gente mais apressada e menos atenta que as crianças corria, ora para o carro, ora para os transportes públicos, sem grande interesse em falar da iluminação ou do Natal...
E mesmo os que dispensaram um pouco de tempo ao Açoriano Oriental, lá iam dizendo que a apesar da cidade “ficar mais alegre”, as luzes dificilmente vão  conseguir chamar mais consumidores ao comércio tradicional.
“Este ambiente até pode servir para contagiar quem passa junto às lojas mas com a crise que para ai vai não creio que a maiorua das pessoas tenham grande margem de manobra para grandes prendas de Natal”, desabafava Paula Moniz.
“As pessoas até podem entrar nas lojas, ver as novidades mas não hora de comprar acho que estão mais reticentes que nunca. As coisas subiram em flecha e os ordenados não acompanharam essa tendência, por isso, há que pagar o que é prioritário - por exemplo, as prestações do banco - e só depois é que se possa pensar em mais alguma coisa com o que resta, se restar”.
Para Rui Pacheco, o cenário também não é diferente...  Como anda a poupar uns trocos porque comprou casa recentemente e, por isso, este Natal prendas é coisa  que não vai ser possível.
“É preciso apertar o cinto e tudo o que se possa poupar é benvindo. Comprar uma camisola ou  um par de sapatos só porque é Natal é uma realidade de outros tempos. Hoje essas pequenas extravagâncias vão para os nossos parentes mais próximos: os juros”, ironiza.
Prespectivas partilhadas por uma das comerciantes de pronto-a-vestir da rua António José d’Almeida que, minutos amtes da abertura da iluminação, não contava com um único cliente no estabelecimento.
“Ainda há poucos anos atrás esperamos pelo Natal para equilibrar as contas do mar mas isso agora já não acontece. As pessoas estão mais preocupadas em fazer face aos compromissos bancários que assumiram e a produtos de primeira necessidade. Por isso, tudo o que é acessório é posto em segundo plano”, argumenta.
Mais rendidos ao espectáculo de inauguração da iluminação de Natal da cidade que os residentes e, aparentemente, menos preocupados com “a reserva de orçamento para o Natal”, algumas dezenas de turistas, na sua maioria oriundos do navio cruzeiros “Navigator of the Seas” que atracou ontem em Ponta Delgada, deliciavam-se a apreciar e ouvir as encantadores vozes  do Coro Infantil Edmundo Machado Oliveira na Praça do Município. ||
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