Açoriano Oriental
Pilar europeu na NATO é "indispensável” para “Europa de defesa” ser credível

O Presidente francês considerou “indispensável” que haja um “pilar europeu na NATO” se a Europa quiser ser “credível a longo prazo” e apelou aos europeus para adquirirem uma “profunda capacidade de ataque” e para que comprem armas europeias.

Pilar europeu na NATO é "indispensável” para “Europa de defesa” ser credível

Autor: Lusa/AO Online

"No futuro, cabe-nos a nós, europeus, ter a nossa própria capacidade de nos defendermos e de gerirmos os nossos vizinhos", afirmou Emmanuel Macron no fórum Globsec, que decorre em Bratislava, Eslováquia, na véspera de uma cimeira da Comunidade Política Europeia em Chisinau, Moldova, que vai reunir 47 países.

Criada em 2022 com base numa ideia do chefe de Estado francês, divulgada num discurso no Dia da Europa em maio do ano passado, a Comunidade Política Europeia é uma plataforma de diálogo político e cooperação para questões de interesse comum e reforço da segurança, da estabilidade e da prosperidade do continente europeu, não substituindo contudo qualquer organização, estrutura ou processo existente.

"A nossa geografia não vai mudar. (…) A Rússia vai continuar a ser a Rússia, com as mesmas fronteiras. (…) Temos de construir um espaço que nos permita viver juntos da forma mais pacífica, sem qualquer ingenuidade, com a Rússia de amanhã", defendeu.

Macron, que em 2019 disse que a NATO estava em “morte cerebral”, frisou que o Presidente russo, Vladimir Putin, ao invadir a Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, acabou por acordar a Aliança “com um choque elétrico”.

"Temos agora de ajudar a Ucrânia de todas as formas possíveis a levar a cabo uma contraofensiva eficaz. Isso é essencial. É o que estamos a fazer. Temos de o intensificar porque o que está em jogo nos próximos meses é a própria possibilidade de uma paz escolhida e, portanto, duradoura", acrescentou o chefe de Estado francês.

Mantendo a Ucrânia como pano de fundo, Macron sublinhou, nesse sentido, que o Ocidente deve dar "garantias de segurança tangíveis e credíveis” a Kiev, sendo "muito mais ambicioso" do que até agora.

"Este será o tema das discussões coletivas nas próximas semanas", até à cimeira da NATO em Vilnius, em julho, acrescentou.

Para o Presidente francês, a Ucrânia "protege hoje a Europa" e está "tão bem armada" que é do interesse do Ocidente "que tenha garantias de segurança credíveis connosco num quadro multilateral".

Na mesma intervenção, Macron apelou também à União Europeia (UE) para repensar a sua governação e "inventar vários formatos" para responder às aspirações de adesão dos países da Europa de Leste e dos Balcãs.

"Esta é a única forma de responder às expectativas legítimas dos Balcãs Ocidentais, da Moldova e da Ucrânia, que devem aderir à União Europeia, e de manter a eficácia geopolítica", declarou.

 


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