Açoriano Oriental
Covid-19
Parlamento açoriano aprova aquisição de 250 mil testes rápidos

O projeto de resolução que recomenda ao Governo Regional dos Açores a aquisição de 250 mil testes rápidos de despiste à Covid-19, apresentado pelo CDS-PP, foi aprovado por unanimidade no parlamento açoriano.

Parlamento açoriano aprova aquisição de 250 mil testes rápidos

Autor: Lusa/AO Online

A proposta apresentada pelos centristas recomenda ao Governo Regional a aquisição de 250 mil testes rápidos de despiste ao novo coronavírus, para permitir testar sempre que tal se justifique, e teve os votos favoráveis dos oito partidos com assento parlamentar, que se reúnem, a partir de hoje, em sessão plenária em formato virtual.

O CDS-PP pediu que a iniciativa fosse aprovada com caráter de urgência, dispensando que baixasse a comissão, uma proposta que teve os votos contra do PS, mas foi aprovada com os votos a favor de todos os outros partidos.

O deputado socialista Tiago Lopes, anterior diretor regional da Saúde, afirmou que, antes de aprovar a medida, deviam ser ouvidos em comissão o proponente e o secretário regional da Saúde e Desporto sobre várias questões, como quantos destes testes adquiridos pelo anterior executivo já tinham sido utilizados.

Clélio Meneses, responsável pela tutela, esclareceu que transitaram para o novo executivo “100 mil testes rápidos adquiridos pelo anterior governo, que nunca tinham sido utilizados” e que “este governo aproveitou esses recursos”.

Até agora, o executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM utilizou 15.100 testes rápidos de antigénio, na testagem massiva realizada em freguesias como Rabo de Peixe, Ponta Garça, ou, mais recentemente, na Vila do Corvo.

O governante adiantou, ainda, que o executivo já decidiu adquirir testes rápidos de antigénio e está a avaliar a aquisição de testes de saliva, informando-se junto de especialistas sobre a sua fiabilidade.

Para o CDS-PP, a medida é “coerente” e é “também prudente”, afirmou a líder parlamentar centrista Catarina Cabeceiras.

Respondendo a questões sobre o número de testes sugeridos, Catarina Cabeceiras afirmou que, “tendo em conta a população dos Açores”, 250 mil testes são um “stock razoável”.

O deputado único do PAN, Pedro Neves foi o primeiro a apontar que “a quantidade escolhida é vista como providência, porque é quantidade semelhante à população açoriana” e acrescentou que, na realidade do arquipélago os testes são também “uma mais-valia para ilhas mais isoladas e que não possuem equipamentos para fazer testes PCR”.

A posição dos restantes partidos que apoiam o Governo foi semelhante à do CDS-PP, tendo a deputada do PSD Ana Quental destacado que os “testes são vantajosos porque ganha-se tempo”, enquanto o líder parlamentar monárquico, Paulo Estêvão, salientou que a região fica “com maior capacidade de prevenção” e “maior capacidade de rastreio”.

Para a deputada do BE Alexandra Manes, estes meios de diagnóstico podem “ajudar a controlar a pandemia, identificando e isolando as pessoas que, com mais probabilidade, podem propagar a doença”.

O deputado Carlos Furtado, do Chega, salientou ainda que a disponibilidade destes equipamentos é “um elemento importante para a região, porque transmite confiança” para a população, para os “agentes económicos” e até para quem pense em visitar os Açores.

A Iniciativa Liberal votou favoravelmente porque “se revê na estratégia de rastreio […] e porque entende que a testagem é, de facto, a melhor prevenção, neste momento, para a proliferação do SARS-CoV-2”, afirmou o deputado único do partido, Nuno Barata.

Nuno Barata alertou, no entanto, para a importância de assegurar a fiabilidade dos testes, para não criar “um pânico desnecessário”, lembrando a desconfiança gerada pelos falsos positivos detetados por testes rápidos levados a cabo pela empresa Portos dos Açores.


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