Autor: Miguel Bettencourt Mota
Foi recentemente eleita presidente da Juventude Socialista dos Açores. Que prioridades tem definidas para este seu mandato?
As
prioridades que tenho definidas para os próximos dois anos é o reforço
da participação cívica e o combate contra a abstenção. Trabalhar junto
das diferentes associações
em todos os concelhos e também trabalhar para tornar mais apelativa a
participação política dos jovens nos Açores. Por isso, vamos lançar uma
ampla campanha de angariação de militantes nos 19 concelhos dos Açores.
Queremos no espaço deste mandato aumentar o
nosso número de militantes e trazer mais gente à participação política...
...A perceção que existe é a de que os jovens estão cada vez menos envolvidos na política...
...A
perceção da falta de envolvimento na política é transversal a todas as
idades. Cabe, não só aos políticos, mas a toda a sociedade tentar
motivar os jovens para a atividade
política. Além disso, este é um tema que me é muito importante, pois a
minha moção global de estratégia tem como título “Somos a Voz Ativa”. Os
Açores têm bons números de participação jovem, não só na política, mas
em outras associações, que na prática, também
representa atividade politica. Um exemplo dessa participação jovem, é,
por exemplo, a composição das listas do Partido Socialista às diversas
eleições.
O que a pode distanciar do anterior presidente da JS? O que traz de novo?
A
minha candidatura não se baseia no distanciamento para com o anterior
líder da JS. No entanto, e uma vez que somos pessoas diferentes, é
perfeitamente normal que tenhamos também
ideias diferentes. O que posso garantir é que existe uma matriz comum à
Juventude Socialista que servirá, sempre, de guia à minha liderança.
Espero, contudo, desempenhar as minhas funções honrando o legado de
todos os anteriores lideres da Juventude Socialista
dos Açores...
Não se trata de subserviência, nem nós entendemos a atividade politica com essa lógica. A
JS tem uma história e um legado, que responde na prática a essa pergunta
ao longo dos últimos anos. Somos a organização política de juventude do
PS, somos jovens socialistas e temos orgulho no trabalho e na
governação que o PS tem desenvolvido na região.
Para
mim é um orgulho e uma honra liderar a Juventude Socialista açoriana. O
facto de ser mulher não faz de mim menos ou mais capaz. Atualmente, face
ao papel ativo que
a mulher tem na sociedade acho que não deve ser especialmente relevado
ser uma mulher a liderar a JS. Os homens e as mulheres devem ter os mesmos direitos.
A igualdade entre homens e mulheres é a base para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e de discriminação.
A
assembleia legislativa é o primeiro órgão da autonomia. Reflete as
diferentes sensibilidades politicas e deve, independentemente das
considerações, discordâncias ou
anuências, ser respeitada como órgão representativo que é.
Pretende um dia ter assento parlamentar naquela casa?
Deve
ser uma honra para qualquer açoriano representar o seu povo na casa mãe
da democracia açoriana. Apesar de, neste momento, esse objetivo não
constar no meu horizonte
próximo. Se a oportunidade surgir no futuro, na altura decidirei como me
posicionar perante esse cenário.
Regional
Ver Mais
-
Revisão constitucional deverá aprofundar autonomia das regiões autónomas
Cultura & Social
Ver Mais
-
Cultura e Social
César Mourão inaugura “Como vos vejo” em Ponta Delgada