Papa diz à Cúria que reforma "vai avançar com determinação"

O papa Francisco garantiu que a reforma da Cúria "vai avançar com determinação, lucidez e resolução", durante a cerimónia de transmissão dos votos anuais aos cardeais e bispos que trabalham no Vaticano.


 

Estes votos surgem um ano depois de um discurso muito severo, proferido em dezembro do ano passado, no qual o papa denunciou as 15 "doenças" da Cúria, entre as quais o "Alzheimer espiritual, a mundanidade e a corrupção".

No discurso de hoje, o papa propôs "antibióticos" para estas doenças e enumerou um "catálogo de virtudes necessárias e não exaustivo" para trabalhar na Cúria, ao mencionar os novos escândalos surgidos durante o ano.

Recebido numa atmosfera tensa, Francisco explicou aos membros da Cúria que ia pronunciar o discurso sentado por se sentir muito cansado devido a uma gripe persistente há vários dias.

O papa suscitou muita hostilidade no Vaticano com os votos proferidos no ano anterior, que muitos cardeais consideraram injusto e excessivo. Desde então, outros escândalos foram denunciados no Vaticano, nomeadamente o caso de fuga de documentos "Vatileaks".

Este ano, Jorge Bergoglio voltou ao mesmo tema, abordando a atitude o trabalho diário dos cardeais, mas desta vez o papa escolheu enaltecer as qualidades necessárias para vencer as "doenças".

"Seria uma grande injustiça não expressar uma enorme gratidão e encorajamento a todas as pessoas sãs e honestas que trabalham com devoção, fidelidade e profissionalismo. As doenças e os escândalos não poderão esconder a eficácia dos serviços que a Cúria presta com esforço (...) e isso é um verdadeiro consolo", sublinhou o papa.

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