Açoriano Oriental
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Ourivesaria Teles foi fundada há quase 100 anos em Angra do Heroísmo

Chamava-se António Teles, nasceu em Lisboa, passou pelos Açores com uma companhia de teatro amador e decidiu fixar-se em Angra do Heroísmo como ourives de prata que era a sua especialidade, em 1928.


Autor: Made In Açores

Miguel Teles é um dos quatro filhos da 3ª geração, da Ourivesaria Teles, fundada, pelo avô António Teles, seguindo-se o pai Arlindo e o tio Humberto. Junto com o Miguel, também os irmãos Lurdes, Duarte e Arlindo têm ligação ao grupo das Ourivesarias existentes atualmente.


Miguel Teles foi o primeiro, em conjunto com o pai Arlindo, a dar os primeiros passos na atividade da empresa, nomeadamente nas partes técnicas de relojoaria e ourivesaria, nas oficinas que já existiam nesta altura, estando ele, este ano, a completar 40 anos da sua iniciação na empresa. Atualmente é sócio-gerente de uma das empresas do grupo e, para além da gestão comercial, é o responsável e coordenador de todas as atividades desenvolvidas no atelier de gravações Tecnoteles, bem como de todas as reparações de ourivesaria e relojoaria.


O avô António Teles fazia parte de uma companhia de teatro amador e numa das digressões aos Açores, gostou da região e ainda viveu algum tempo em São Miguel, mas depois decidiu optar pela ilha Terceira, nomeadamente Angra do Heroísmo. A missão terá sido, uma lacuna de mercado, oferta de novos serviços e uma opção de vida.


A Ourivesaria Teles “é uma empresa conhecida pela sua longevidade, que sempre assentou a sua atividade em princípios de competência, seriedade e qualidade dos seus produtos e serviços. Nas últimas décadas lidou com uma enorme componente de inovação, adaptando-se e liderando os novos desafios dos mercados, nomeadamente o de Ourivesaria que, como outros, está sempre a evoluir.


É uma empresa que contribui e assenta a sua gestão, na componente de responsabilidade social, com a criação de emprego no meio onde está inserida, contribuindo assim para o crescimento da economia local”, refere Miguel Teles.


“Numa história de quase 100 anos é necessário fazer referência aos antigos e atuais gestores, antigos a atuais colaboradores. Qualquer empresa com equipas dedicadas, competentes e inovadoras tem mais probabilidade do sucesso e longevidade. Também não podemos deixar de realçar os nossos clientes para os quais trabalhamos dedicadamente para merecer a sua confiança. É um desafio nada fácil, como se imagina e onde, ao longo desta caminhada, existiram pontos altos e baixos”, acrescenta o empresário.


“O segredo é, além de muito trabalho, dedicação, competência, seriedade, existir um grande amor e gosto por esse ramo que nos leva a querer continuar a inovar e um permanente acompanhamento dos desafios que vão surgindo, aos quais temos de dar a melhor resposta, porque estão sempre a surgir novas dificuldade por um lado e novas oportunidades por outro”, acrescenta.


Atualmente a Teles está dividida em várias empresas que são parceiras em algumas atividades: “Esta gestão é feita de forma estratégica, percebendo-se que assim estamos mais fortes e preparados para as dificuldades que surgem, num mercado muito pequeno, onde a oferta é significativa. Um mercado que vive sobretudo da sazonalidade Verão e Natal”, acrescenta o irmão mais velho.


Entre os muitos produtos em prata e ouro destacam-se os motivos ligados ao culto do Espírito Santo, nomeadamente as coroas de diversas dimensões.


A Ourivesaria Teles liderada por Miguel Teles é, neste momento, uma microempresa com nove colaboradores incluindo a gerência e tem o seu principal espaço na localização original desde 1928 (na Rua Direita, nº 85), o atelier de gravações Tecnoteles e oficinas na Travessa de São João número 5, também em Angra do Heroísmo.


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