Autor: Lusa/AO Online
Ao contrário do que ocorre no Conselho de Segurança, nenhum dos países membros da Assembleia-Geral tem direito de veto e basta uma maioria simples para que a resolução seja aprovada.
Os palestinianos dizem contar até ao momento com o voto favorável de 140 dos 193 países membros da Assembleia-Geral e esperam obter mais apoios até ao início da sessão.
Com a elevação do estatuto, os palestinianos pretendem reforçar a sua posição, depois de mais de dois anos de impasse nas negociações de paz, e abrir a possibilidade de aderir a organismos da ONU como o Tribunal Internacional de Justiça, onde podem tentar processar Israel.
Receiam, por outro lado, sofrer retaliações financeiras ou diplomáticas, como ocorreu há um ano, depois de a Palestina ter sido aceite como membro da UNESCO.
Israel e os Estados Unidos vão votar contra, por considerarem que os palestinianos devem negociar primeiro e abster-se de ações unilaterais.
A União Europeia não conseguiu chegar a uma posição comum. Portugal vai votar a favor, ao lado de países como a França, Espanha, Dinamarca, Noruega e Áustria, enquanto o Reino Unido e a Alemanha, entre outros, deverão abster-se.