
O filme O TEMPO FOI-SE, E EU FIQUEI é candidato à categoria de Melhor Filme de Ficção – do Ensino Secundário
O filme O TEMPO FOI-SE, E EU FIQUEI (uma curta dos alunos Isabel Frazão, Maria Leonor Fernandes e Pedro Reis do 12º F) foi selecionado para o AÇÃO09! – Festival de Vídeo Escolar, categoria Melhor Filme de Ficção – do Ensino Secundário. Será exibido no dia 10 de maio, no horário compreendido entre as 14h30 e as 16h45, no Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo.
Os "criadores" Isabel Frazão, Leonor Fernandes e Pedro Reis abordam a sua "criação":
«No domínio da disciplina de Oficina de Multimédia B, foi-nos proposto o exercício em grupo que teve como objetivo a criação de uma curta-metragem. Foram-nos apresentados como referência diversos gêneros existentes para a realização deste trabalho e, entre os demais, acabámos por optar pela produção de uma curta surrealista e muda. Tivemos como principal referência o filme “Le Chien Andalou”, traduzido para português como “Um Cão Andaluz”, realizado no ano de 1928, e lançado, um ano depois, ainda na época do ápice das vanguardas europeias, resultante da parceria entre Luis Buñuel, um famoso e controverso realizador de cinema espanhol, e o já experiente na área da pintura surrealista, Salvador Dalí.»
«A personagem principal, interpretada pela Leonor Fernandes, apresenta certas semelhanças com o que era moda nos anos 20, no que toca ao cabelo, maquilhagem e acessórios femininos, como a personagem interpretada pela atriz Simone Mareuil em “Um Cão Andaluz”. O vestido branco e simples que utiliza é uma forma de proporcionar a sensação de ser uma personagem etérea, ao jogar com os contrastes do preto e branco existentes nas filmagens e com a indumentária das personagens secundárias, protagonizadas por Isabel Frazão e Pedro Reis que se apresentam todos de preto. A curta tem como história principal um sonho da protagonista, que não faz sentido algum, onde a mesma tenta procurar sentido, enquanto navega por este, angustiadamente, ao som dos ponteiros do relógio, que vão gradualmente acelerando e soando mais alto. Encontra-se sem rumo e sem noção do que está a acontecer ao seu redor, o que acaba por refletir mensagens do seu inconsciente, sobre o seu posicionamento em relação ao tempo e aos espaços, vivenciados e sentidos por si, sem se aperceber propriamente do quê e do porquê. Os áudios vão pouco a pouco aumentando até chegar a um pique, de forma a retratar a ansiedade que a protagonista sente ao estar presa no sonho e o desejo de simplesmente fugir.»
«A praia é utilizada como um ponto de início e de fim, pois tem a intenção de ser percepcionada como um local de calma e paz, que a personagem acaba por recorrer como um porto seguro, e para onde deseja voltar ao começo, momentos antes de tudo se tornar uma balbúrdia. Para além de a praia, é também utilizado o cenário de uma casa para remeter a uma proximidade do íntimo da protagonista, pois é-lhe familiar, mas, ao mesmo tempo, está tudo a acontecer de uma forma desordenada e absurda. Vamos acompanhando-a nesta viagem ao observarmos tudo do seu ponto de vista, levando-nos a sentir o que ela sente.»
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