Autor: Lusa/AO Online
"Vamos continuar a pensar no ato como um incidente, mas devemos estar atentos para que situações do género não voltem a acontecer", disse Marcos Barrica, citado hoje pela agência Angop.
Recusando "tirar ilações de imediato", o diplomata acrescentou que "seria precipitado concluir que as razões do incidente têm a ver com o estado menos bom das relações com Portugal".
Os serviços da embaixada vão funcionar normalmente ao mesmo tempo que decorrem as diligências por parte das autoridades policiais portuguesas, concluiu.
O Governo português condenou já "os desacatos cometidos" domingo de manhã contra a embaixada de Angola em Lisboa, "por um grupo de desconhecidos", que provocaram danos materiais.
De acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, foi contactado "o embaixador de Angola em Lisboa e foram tomadas pelas autoridades policiais as medidas necessárias para apurar responsabilidades e reforçar a proteção e a segurança da missão diplomática angolana".
Estevão Alberto, adido de imprensa da embaixada, contactado no domingo pela agência Lusa, disse que o edifício foi "vandalizado por elementos desconhecidos".
"Não sabemos ao certo quem eram, nem quantos eram", acrescentou, referindo que do incidente resultou a quebra de vidros da fachada principal do edifício, situado na avenida da República, em Lisboa, e que os prejuízos ainda não estão contabilizados.
Estêvão Alberto disse que "as autoridades policiais foram contactadas e estiveram no local a fazer a perícia".
Fonte da direção nacional da PSP confirmou o incidente, ocorrido pelas 06:00 da manhã e adiantou que a situação foi comunicada à polícia por um segurança da embaixada.
"Verificou-se que foram arremessadas pedras da calçada" contra a fachada o edifício, que o partiram os vidros do ‘hall' de entrada e da sala de visitas, acrescentou.