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Covid-19
Novak Djokovic disse que deportação da Austrália foi "evento infeliz"

O tenista sérvio Novak Djokovic considerou a sua detenção e deportação da Austrália, que o impediu de defender o título no primeiro ‘Grand Slam’ da temporada, um “evento infeliz” e agradeceu o apoio ao presidente sérvio.

Novak Djokovic disse que deportação da Austrália foi "evento infeliz"

Autor: Lusa/AO Online

Novak Djokovic pretendia defender o seu título no Open da Austrália, mas não cumpria os rigorosos requisitos de vacinação contra a cCovid-19 daquele país e acabou por ser detido e deportado 11 dias após a sua chegada ao território.

O número um do ‘ranking’ mundial, de 34 anos, reuniu-se com o presidente sérvio, Aleksandar Vucic, a quem agradeceu o seu apoio em todo o processo em que se viu envolvido na Austrália, que descreveu, “no mínimo”, como “inesperado”.

Djokovic disse que, como cidadão sérvio, sentiu uma grande necessidade de agradecer ao seu presidente “o grande apoio manifestado”, assim como “a todas as instituições estatais durante os infelizes eventos na Austrália”.

“Embora estivesse sozinho a enfrentar muitos problemas e desafios, nunca me senti só. Tive sempre o apoio da família, das pessoas próximas da minha vida, de toda a nação sérvia e de muita gente, com boas intenções, de todo o mundo”, disse.

O tenista evitou abordar os detalhes dos acontecimentos na Austrália, prometendo dar a sua versão mais tarde, e o encontro com Vucic foi acompanhado de críticas de alguns dos seus seguidores, que consideram ter havido aproveitamento político.

Para entrar na Austrália, Djokovic apresentou um teste positivo à Covid-19 emitido na Sérvia a 16 de dezembro de 2021, para requerer a isenção especial de visto, alegando que se encontrava a recuperar de infeção, por ter contraído recentemente o vírus.

Como o tenista sérvio não está vacinado, e é contrário a essa prática, o governo australiano decidiu cancelar o seu visto especial e deportar Djokovic, dizendo que a sua presença na Austrália poderia despertar sentimentos antivacinação.

O presidente Aleksandar Vucic elogiou Djokovic e disse ter a certeza de que vencerá Nadal e Federer em Roland Garros e em Wimbledon, os dois próximos ‘majors’, que o sérvio também poderá não disputar se não estiver vacinado.


Justiça sérvia confirma veracidade dos testes PCR de Novak Djokovic

A procuradoria de Belgrado confirmou a validade dos exames PCR do tenista Novak Djokovic, após ter recebido uma denúncia de que os mesmos eram falsos, para este poder viajar para Melbourne para o Open da Austrália.

“Foi estabelecido por uma análise ao banco de dados digital (…) que Novak Djokovic foi testado várias vezes e que os certificados para esses testes de 16 de dezembro e 22 de dezembro de 2021 são válidos”, refere a instituição, em comunicado.

De acordo com a agência de notícias Tanjug, a denúncia foi apresentada a 12 de janeiro contra pessoas desconhecidas, que supostamente falsificaram a documentação para o tenista, que não está vacinado.

A procuradoria decidiu investigar e pediu a confirmação da autenticidade dos testes de 16 de dezembro, no qual testou positivo, e 22 de dezembro, que resultou em negativo, algo que foi agora validado pelo Ministério da Saúde da Sérvia, o que levou a que a queixa fosse arquivada.

O facto de Djokovic ter aparecido em eventos públicos e dado entrevistas no período em que disse ter estado infetado levou dúvidas sobre a autenticidade do seu PCR.

Alegou que só recebeu o resultado positivo no dia seguinte, a 17 de dezembro, e que a entrevista que deu a 18 ao L’Equipe resultou de "um erro de julgamento" seu em relação à situação.

Djokovic, que não está vacinado contra a Covid-19, viajou para Melbourne para disputar o Open da Austrália no início de janeiro, beneficiando de uma exceção médica pelo facto de ter estado infetado.

Ainda assim, por não estar vacinado, as autoridades australianas acabaram, por lhe negar a entrada no país, considerando-o um “risco para a saúde pública”, acabando por ser deportado a 16 de janeiro, antes do início do torneio.


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