Na cerimónia da tomada de posse, que decorreu hoje na sede do TdC em Ponta Delgada, Maria Cristina Flora alertou para a necessidade de aplicar com “elevada eficiência e qualidade” os fundos do PRR.

“A utilização dos dinheiros públicos ganha especial relevância neste particular momento de execução do PRR. É vital que não se desperdice nem um cêntimo. Nem um cêntimo mesmo, pois todos os cêntimos fazem falta para o desenvolvimento sustentável do nosso país”, declarou.

A nova juíza conselheira do TdC nos Açores afirmou que o “atual contexto económico” torna “inegável” a existência de “transparência” na utilização dos dinheiros públicos.

Maria Cristina Flora realçou que Portugal se encontra num “momento de particular dificuldade económica, com uma inflação galopante”, que é “asfixiadora de todos os portugueses”.

“É imperativo que a aplicação dos dinheiros públicos se paute por elevados valores de legalidade e rigor, eficiência e transparência, respeitando o dinheiro de todos os contribuintes”, destacou.

Na cerimónia, o presidente do TdC, José Tavares, lembrou que cabe à juíza conselheira da secção regional dos Açores o julgamento, em “primeira instância, da responsabilidade financeira" da região.

José Tavares defendeu que o TdC tem “de dar o exemplo”, uma vez que “não basta observar” e “criticar os outros”.

“O valor da independência, para mim, é o valor mais importante desta instituição. Eu até gosto de dizer: se não formos independentes, não vale a pena existirmos. É realmente o valor mais importante desta instituição”, vincou.