As ‘verde e brancas’ impuseram-se na ‘negra’ por 15-13, depois de um empate a dois nos quatro primeiros ‘sets’, pelos parciais de 25-22, 23-25, 23-25 e 25-17, evidenciando um jogo renhido que foi decidido em detalhes e na capacidade coletiva das lisboetas, ante os muitos erros das portistas.

O primeiro ‘set’ ficou marcado pelos muitos erros das ‘azuis e brancas’, sobretudo no serviço, e apesar de as lisboetas ainda terem consentido uma recuperação, acabaram por se impor por 25-22.

A toada ofensiva das jogadoras do projeto Academia José Moreira acabou por dar frutos nos dois ‘sets’ seguintes, decididos sempre por 25-23, com Kyra Holt e ‘companhia’ a acertarem para ‘virar’ o encontro, sobretudo quando Ana Gamboa, uma das melhores, podia servir.

O quarto ‘set’ decorreu renhido, como toda a final, e Gamboa voltou a fazer a diferença, mas um ‘time out’ na altura certa, pedido por Rui Costa, relançou as ‘leoas’, que ‘viraram’ (14-13), com várias igualdades trocadas até ao 17-17.

Daí, a equipa orientada por Rui Moreira ‘colapsou’ e permitiu oito pontos sem resposta que ‘forçaram’ a negra, que começou com mais três pontos seguidos a que as portistas não conseguiram responder.

As nortenhas igualaram a três, mas trocaram de campo atrás no marcador (8-5), com as sportinguistas a apoiarem-se na oposto mexicana Fernanda Gómez, decisiva na ‘negra’.

Depois de uma igualdade a 12, bem ‘suada’, a equipa leonina conseguiu superiorizar-se e trazer ao voleibol do Sporting, que esteve parado durante 25 anos, um importante título no regresso à modalidade, concretizado há seis épocas, depois de um ‘bis’ na Taça entre 1984 e 1986.

É o terceiro título para as lisboetas, e o primeiro em quase 40 anos, depois de duas vitórias em 1984/86 e 1985/86, igualando os três do Atlético CP ao suceder ao Leixões, que tinha vencido as últimas duas edições e é o recordista da prova, com 10 cetros conquistados.

Decidido na superior capacidade coletiva e defensiva do Sporting, perante o risco excessivo assumido pela ofensiva da AJM/FC Porto, o jogo teve na ‘excecional’ Victoria Pinto um claro destaque, com 28 pontos, acima dos 15 de Ana Gamboa e dos 14 de Tia Jimerson, além de uma grande exibição da líbero Joana Resende.

Do lado das lisboetas, Bárbara Gomes assumiu as despesas e anotou 18 pontos, além de ter estado eficaz na receção, e Aline Timm mostrou-se em bom plano no bloco.