Autor: Lusa/AO Online
“Este ato de gestão não afeta apenas o acesso a serviços bancários essenciais, especialmente às populações mais envelhecidas e com dificuldades de utilização e acesso a novas tecnologias, como também compromete a inclusão financeira das populações, particularmente nas áreas mais isoladas”, refere a associação em comunicado enviado à agência Lusa.
O Público noticiou na terça-feira, em manchete, que a CGD pretende reduzir serviços "no interior e ilhas" ao transformar dezenas de agências que até aqui ofereciam todos as funcionalidades (designadamente levantar e depositar dinheiro ao balcão) em espaços mais pequenos e com menor oferta.
“Os Açores, caracterizados pela sua dispersão geográfica e particularidades socioeconómicas, dependem de uma rede sólida de serviços financeiros que atenda às necessidades dos cidadãos e das empresas locais”, considera a AMRAA.
Para a associação, “a diminuição de serviços destes balcões agrava a já fragilizada situação de muitos munícipes, dificultando o acesso a créditos, à gestão de poupanças e a serviços básicos que são cruciais para o dia-a-dia”.
“Esta circunstância, que afetará várias agências, nomeadamente três em São Miguel, duas no Pico, uma em São Jorge e outra nas Flores, não pode ser obliterada pelo poder local, especialmente porque se trata de uma empresa pública que, não comprometendo a sua eficiência, deverá pugnar pelo cumprimento de valores acometidos ao serviço público, em benefício das populações e em prol do desenvolvimento do país”, lê-se.
A AMRAA considera que a CGD “desempenha um papel importante no desenvolvimento económico e social da região” e a sua presença “é vital para fomentar a economia local e garantir que todos os cidadãos tenham oportunidades equitativas”.
“A redução em serviços dos balcões representa um retrocesso na inclusão financeira, forçando, eventualmente, os clientes a deslocações mais longas e invertendo a lógica das políticas de coesão territorial, social e económica que tem vindo a imperar no Estado Português. Além disso, convém ressalvar que as reduções de serviços tem levado, não raras vezes, a posteriores encerramentos a médio prazo”, acrescenta.
A Associação de Municípios dos Açores apela à administração da CGD e ao Governo da República para reconsiderarem a decisão e manterem “intacta a rede e os serviços dos balcões nos Açores”.
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