Açoriano Oriental
Mundial de ralis: Ogier na linha da frente com a concorrência a apertar

Cinco títulos depois, o francês Sébastien Ogier volta a ser o principal candidato a vencer o campeonato do mundo de ralis, que começa na quinta-feira, em Monte Carlo, embora deva esperar concorrência numerosa.

Mundial de ralis: Ogier na linha da frente com a concorrência a apertar

Autor: Lusa/AO online

Em 2017, o 'ano 1' após a era hegemónica da Volkswagen, Ogier fez o 'penta' ao volante de um Ford Fiesta, mas sentiu mais do que nunca o peso dos adversários numa das épocas mais abertas de sempre, com sete vencedores diferentes em 13 provas e cada construtor a ganhar pelo menos duas.

A nova temporada promete decorrer nos mesmos moldes, e o gaulês aponta a um sexto título, mas querendo ser o mais rápido e vencer mais vezes. De facto, Ogier ganhou apenas em Monte Carlo e em Portugal, mas foi mais regular, com nove presenças no pódio, o que lhe permitiu conquistar o título.

Para enfrentar a crescente oposição e responder aos desenvolvimentos das equipas de fábrica - Toyota, Hyundai e Citroën -, a M-Sport vai ter maior apoio da Ford, que era uma das condições do francês para continuar na equipa, ao serviço da qual se mantém também o britânico Elfyn Evans.

"A longo prazo, seria difícil repetir o desempenho do ano passado. Para continuar na luta com os construtores, é preciso ter um bom suporte. Penso que agora já o temos", disse o piloto de Gap, de 34 anos, citado pela AFP.

Para contrariar Ogier, a Hyundai apresenta dois fortes candidatos, o belga Thierry Neuville e norueguês Andreas Mikkelsen, em especial o primeiro, que foi vice-campeão em 2013, 2016 e 2017, e procura mudar a sua sorte, depois de ter sido o mais vitorioso no ano passado, com quatro triunfos, e de ter colecionado 55 melhores tempos em especiais com o i20.

"O objetivo é ser campeão. Vamos tentar ser regulares, e, a partir daí, é o destino que decide. Vai ser uma luta cerrada, somos muitos a poder ser campeões. O homem a bater continua a ser Sébastien Ogier", afirmou o belga de 29 anos.

Mikkelsen, um dos 'órfãos' da Volkswagen, é uma semi-incógnita, uma vez que fará uma época completa depois de um ano errático, em que começou no WRC2, passou pela Citroën e acabou na Hyundai, conseguindo mesmo um segundo lugar na Alemanha.

Prestes a iniciar a sua segunda época seguida no Mundial de ralis, depois de anos de afastamento, a Toyota terá três pilotos a tempo inteiro, nomeadamente o estónio Ott Tänak, terceiro classificado em 2017 num Fiesta da M-Sport, que se vê mais capaz de lutar pelo título ao serviço da concorrência.

Com uma vitória na Suécia e dois segundos lugares, o finlandês Jari-Matti Latvala foi quarto no ano passado e vai voltar a sentar-se ao volante do Yaris para lutar pelo título, depois de ter sido 'vice' em 2010, 2014 e 2015. O terceiro piloto, Esapekka Lappi, fará a sua primeira época completa.

A Citroën, com um orçamento mais restrito para 2018, poderá ter mais dificuldade em continuar a melhorar o C3. O britânico Kris Meeke e o irlandês Craig Breen vão cumprir toda a época, enquanto o francês Sébastien Loeb (nove vezes campeão do mundo, retirado do WRC em 2012), fará três aparições, no México, na Córsega e na Catalunha.

Com o tradicional arranque em Monte Carlo (25 a 28 de janeiro), o Mundial terá 13 provas, entre as quais o Rali de Portugal, sexta etapa do calendário, entre 17 e 20 de maio. O regresso da Turquia, por troca com a Polónia, é a principal alteração a registar no campeonato, que terá oito provas em terra.


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