Autor: Susete Rodrigues/AO Online
Segundo comunicado enviado à nossa redação, a Diocese de Angra refere que “os processos relativos a dois sacerdotes, que ficaram impedidos do exercício público do ministério sacerdotal no dia 8 de março de 2023, na sequência da suspeita existente relativamente ao seu alegado envolvimento em atos de abuso sexual de menores, terminaram”, acrescentando que “no passado dia 9 de julho, o Ministério Público informou a Diocese que os processos foram por ele arquivados, porque as acusações não foram provadas”.
A Diocese de Angra dá conta que os dois sacerdotes vão regressar ao exercício público do ministério: “O impedimento, decidido na altura pelo Bispo de Angra, em concordância com os dois sacerdotes, fica sem efeito a partir da presente data”.
Recorde-se que dos oito casos nos Açores denunciados à Comissão Independente para o Estudo de abusos sexuais de menores na Igreja Católica em Portugal, dois deles envolveram um padre de São Miguel e outro da Terceira que ficaram impedidos do exercício público do seu ministério.
Na ocasião, a Diocese de Angra referiu que o “impedimento não expressava a condenação ou assunção de culpa dos visados; a medida era apenas cautelar e seguia aquilo que o Papa Francisco tem recomendado como norma e prática da Igreja em matéria de abusos”.
O comunicado sublinha que através da Comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis, a “diocese de Angra reitera o seu empenho, na definição de políticas robustas que previnam situações de abuso bem como na cooperação com todas as entidades que trabalham no terreno na luta contra os abusos de menores e pessoas vulneráveis, sem deixar de cuidar de todos”.