Açoriano Oriental
Luís Amado na Albânia e Bósnia com Kosovo na agenda
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luis Amado, inicia hoje uma deslocação que o levará à Albânia e à Bósnia, tendo como principal preocupação os efeitos que a definição de um futuro estatuto para o Kosovo terão para a região dos Balcãs.

Autor: Lusa/AO
Em Tirana, onde chega ao fim da tarde de hoje, Luis Amado, que efectua esta deslocação enquanto presidente em exercício do Conselho da UE, terá encontros de trabalho com o ministro dos Negócios Estrangeiros albanês, Lulzim Basha, e será recebido pelo presidente da República e pelo primeiro-ministro da Albânia.

    Na quarta-feira, já em Sarajevo, o ministro português discutirá também a situação nos Balcãs com os responsáveis locais e deverá informar-se sobre a crise governamental que a Bósnia atravessa, depois da demissão do primeiro-ministro bósnio, Nikola Spiric, na passada semana.

    A situação no Kosovo, que Luis Amado deverá discutir com as autoridades dos dois países, mantém-se num impasse, com a troika - UE, EUA e Rússia - a estudar novas propostas para apresentar, tanto à Sérvia, como aos kosovares albaneses, acerca da definição de um futuro estatuto para a ainda província sérvia.

    A Sérvia, com o apoio da Rússia, declara-se disposta a conceder um estatuto de autonomia alargada - ao estilo de Hong Kong - à sua província de maioria albanesa, mas os kosovares exigem a independência, que se dizem dispostos a reclamar após a data limite para as conversações, em 10 de Dezembro.

    Nesse dia, a troika para o Kosovo apresentará um relatório às Nações Unidas sobre o resultado da sua mediação.

    Na segunda-feira, em Lisboa, o representante da UE na troika, Wolfgang Ischinger, admitiu que o processo negocial está numa fase crítica, a menos de um mês do seu final, mas recusou-se a falar em "falhanço".

    Entretanto, o embaixador coordenador para os Balcãs Ocidentais da presidência portuguesa da UE, António Tânger Correia, declarou, também segunda-feira, que a troika poderá apresentar novas propostas na próxima reunião negocial, dia 20, em Bruxelas.
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