Com os simuladores disponibilizados pela Deco, que são cinco, os utilizadores podem saber qual o melhor banco para obter um crédito à habitação ou se compensa mudar de banco e se é adequado consolidar vários créditos num só, por exemplo.
"Nesta área, o tópico mais utilizado é o crédito à habitação (qual o melhor banco), que já registou 7.500 visitas online", refere Rita Pinho Rodrigues, a responsável pela linha da Deco.
"A linha tem tido grande aceitação, mas os portugueses acedem cada vez mais à Internet para fazerem os seus cálculos e saberem como é que podem poupar e responder à crise", sintetiza.
Outro simulador muito utilizado é o referente à gestão do orçamento familiar, que já conta com 4.200 consultas.
"Aqui, os consumidores podem fazer uma consciencialização das suas despesas reais, já que a maior parte das famílias não sabe, ao certo, quanto é que gasta", constata a responsável.
Das mais de 500 chamadas atendidas pelos técnicos da linha, há de tudo um pouco: pessoas que ainda não são afectadas pela crise financeira, mas pretendem saber como é que podem poupar mais dinheiro por mês, ou pessoas que já estão "com a corda na garganta, completamente sobreendividadas" e querem saber o que podem fazer para amenizar a situação.
"No caso destas últimas, os técnicos reencaminham-nas para os Gabinetes de Apoio ao Sobreendividado, por serem casos que precisam de negociações financeiras junto de certas instituições", explica Rita Pinho Rodrigues.
"São quase sempre pessoas com um agregado familiar, que têm, em média, 3 créditos e já estão numa grave situação de incumprimento", acrescenta.
Em 2008, os Gabinetes de Apoio ao Sobreendividado abriram mais de dois mil processos, uma média de quatro por dia, e foram contactados por cerca de nove mil famílias.
Este ano, só até final de Fevereiro, os gabinetes já iniciaram 500 processos e estão a ser abertos, por dia, cerca de oito processos.
"Em 2009, vamos ter, certamente, uma evolução drástica dos pedidos de ajuda a este nível", prevê a responsável pela linha.
Por outro lado, "começam a aparecer, cada vez mais, pessoas da classe média/alta, com rendimentos familiares significativos e com um nível de escolaridade elevado, que sofrem as consequências da tendência do desemprego", adianta.
Para evitar isso mesmo, a linha SOS Crise tem um objectivo: "precaver as pessoas que ainda não estão sobreendividadas ou têm ainda poucas dificuldades, para que não cheguem a situações de insustentabilidade total", conclui.
O número 808 780 507 pode ser marcado todos os dias entre as 09:00 e as 13:00 e das 14:00 às 18:00 (sexta-feira até às 17:00).
