Açoriano Oriental
Jovens agricultores quadruplicam no Algarve nos últimos sete anos
Os jovens do Algarve instalados no setor da agricultura quadruplicaram em sete anos, são licenciados em diversas engenharias como biomédicas, mecânica ou eletrotécnica e apostam nas fileiras do mel, abacate e frutos vermelhos, revelam dados da tutela.
Jovens agricultores quadruplicam no Algarve nos últimos sete anos

Autor: Lusa / AO online

 

O diretor da Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAPAlg) chamou de “revolução” e “viragem” no setor agrícola da região algarvia a chegada de tantos jovens à terra – cerca de 500 – nos últimos sete anos.

Segundo o mesmo responsável, até 2007 o número rondava os “100 jovens agricultores".

Os novos agricultores são oriundos das mais diversas áreas, seja da agronomia, engenharia biomédica, farmacêutica, engenharia mecânica ou eletrotécnica, e regressam às terras por “via familiar”, para combater o desemprego e a crise, mas também, porque há um certo “encantamento pela natureza e uma maior sensibilidade ambiental” nesta nova geração, explicou à agência Lusa o diretor DRAPAlg, Fernando Severino.

Aquele responsável acrescentou que o ‘boom’ de jovens a apresentar projetos de investimento no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) para uma primeira instalação no setor agrícola ocorreu em 2010 e de todos os concelhos algarvios onde se registou um evidente regresso à agricultura, destaca-se o de “Tavira”, seguido de Loulé e Silves.

A nova geração de jovens agricultores com estudos traz dinamismo ao setor, pois sabem aceder facilmente aos apoios comunitários e conseguem controlar as suas candidaturas ou a rega das plantações à distância de um clique na Internet, sustentou Fernando Severino.

Os tradicionais citrinos continuam a ser uma das apostas agrícolas destes novos agricultores, mas a plantação de “floricultura”, de medronheiros, frutos vermelhos (framboesa e morango), frutos subtropicais (abacate), diospireiros ou a apicultura (mel) são outras das fileiras em que investem, acrescentou.

A produção de mel, abacate e de frutos vermelhos é quase toda para exportação para a Europa e para fora da Europa, como Nova Zelândia, e “continua a haver procura destes produtos no mercado”, sustentou, referindo que os jovens agricultores algarvios criaram cerca de “mil postos de trabalho” com os seus projetos no âmbito do PRODER.

No Algarve foram aprovados até agora, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2014, 1.500 projetos, num montante de 232 milhões de euros, e desses 432 são de projetos de jovens agricultores”.

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