O cabeça de lista do Chega à Câmara de Ponta Delgada, José Pacheco, prometeu ontem “limpar a sério” a toxicodependência da cidade açoriana e apontou à vitória nas autárquicas para fazer do concelho um “exemplo de governação à direita”.

“Temos de começar a limpar Ponta Delgada da toxicodependência. Não é com casas de chuto. Quem quiser uma casa de chuto, como o [atual presidente, o social-democrata] Pedro Nascimento Cabral, que a ponha à porta de casa. Nós não precisamos disso”, afirmou José Pacheco à agência Lusa.

O também líder do Chega/Açores, que falava numa ação de campanha na freguesia de Santa Clara, prometeu fazer um “investimento como nunca se viu na prevenção” da droga, através da aposta nas “associações culturais, desportivas e grupos informais”.

“Quero dar uma oportunidade aos jovens de dizerem: ‘eu vou para ali e não preciso de ir para outro sítio’. E o outro sítio é sempre aquela palavra maldita que é a droga. Ela existe, é preciso limpar, mas limpar a sério”, reforçou.

José Pacheco rejeitou ser necessário encontrar “soluções de integração” para os toxicodependentes, defendendo quejá foram “gastos milhõesem casas de recuperação e acolhimento”.

O candidato do Chega considerou que “se há pessoas a dormir na rua é porque querem”.

“As pessoas têm de ser internadas. Ponto final. Não podemos continuar a fechar os olhos ou a fingir que há soluções”, sublinhou.

José Pacheco criticou a “pouca vergonha” da falta de agentes da Polícia de Segurança Pública em Ponta Delgada e lembrou a “falta de instalações, de meios e de autoridade” da Polícia Municipal.

O também deputado na Assembleia Regional reiterou a intenção de vencer as eleições autárquicas de 12 de outubro para “acabar com as fantasias” e mudar o concelho, “doa a quem a doer”.

“Eu vou ganhar Ponta Delgada porque quero fazer de Ponta Delgada um exemplo daquilo que deve ser uma governação à direita”, salientou.