Açoriano Oriental
Volta
Joaquim Silva assume não saber “lidar bem com a pressão de ser líder”

Joaquim Silva (Efapel) acredita que “dificilmente” vai discutir a Volta a Portugal na sua carreira, reconhecendo não conseguir “lidar bem com a pressão de ser líder” de uma equipa na prova ‘rainha’ do calendário velocipédico nacional.

Joaquim Silva assume não saber “lidar bem com a pressão de ser líder”

Autor: Lusa/AO Online

“Dificilmente, eu, na minha vida, irei discutir a Volta a Portugal, porque penso que não consigo lidar bem com a pressão de estar a ser líder e de estar na discussão da Volta”, desabafou em declarações à agência Lusa, após o final da quarta etapa.

O ciclista da Efapel perdeu as opções de lutar pelo pódio no domingo, na subida à Torre, e na segund-feira integrou a fuga do dia, logo no terceiro quilómetro dos 169,1 percorridos entre a Guarda e Viseu, sendo alcançado a três da meta.

“Eu acho que o que fiz é muito normal em mim. Já há muitos anos que tenho dias maus na carreira, já muitas vezes só eu e o carro da ‘bruxa’ [carro vassoura]. O dia a seguir é sempre o dia de levantar o pensamento e nunca atirar a toalha ao chão”, afirmou.

Silva reconheceu que a terceira etapa, na qual perdeu 16.04 minutos para o vencedor, o camisola amarela Mauricio Moreira (Glassdrive-Q8-Anicolor), “foi um dia não”.

“Penso que trabalhámos sempre de igual maneira durante o ano. Estivemos na disputa das corridas todas, e eu também tive vários pódios, ganhei uma corrida [Clássica de Viana do Castelo]. As coisas, às vezes, não saem como a gente espera. É estranho, porque eu tive um dia muito mau, mas os meus parceiros fazem os mesmos watts. Não sei, a concorrência está mais forte e temos de dar os parabéns”, resumiu à Lusa.

Agora, segundo ‘Quim’, a Efapel tem de tentar a sua luta, “vencer uma etapa” e tentar colocar Henrique Casimiro ou Tiago Antunes no ‘top 10’.

“Prefiro fazer a Volta nestes moldes, ajudar a equipa e tentar disputar uma etapa. Não vale a pena insistir mais. Ainda sou novo, apesar de alguns me chamarem veterano, por ter 30 anos, mas penso que ainda tenho muito para dar ao ciclismo e eu também gosto de estar nas corridas todas para disputá-las e é normal que na Volta não consiga estar no meu melhor”, notou.


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