Nesta segunda edição, voltou-se a falar de turismo e do que se pode fazer para que os três municípios envolvidos possam continuar a alavancar este setor, de forma sustentável e valorizando o que cada um tem de melhor para oferecer, enquanto destino turístico.

Citado em nota de imprensa, Luís Silveira, presidente da Câmara Municipal das Velas, em São Jorge, recordou que “Cabo Verde cobra uma taxa turística na ordem dos 31 euros por pessoa, facto que não afasta quem escolhe este destino para férias, tendo em conta que em 2023 o número de turistas foi superior a um milhão, gerando assim um valor absoluto superior a 31 milhões de euros anuais”.

Desta forma, Luís Silveira adianta que se “queremos um destino de natureza de excelência, importa preservar a pegada ambiental, pelo que o valor da receita de uma eventual taxa turística seria determinante para sustentabilidade ambiental num destino de natureza como é o caso dos Açores”, acrescentando que se torna “imperativo que autarquias e Governo Regional comecem a trabalhar e a tomar decisões nesse sentido”.

Para o autarca das Velas de São Jorge é necessário deixar às “gerações vindouras aquilo que nos deixou os nossos antepassados em termos ambientais, e por essa via ternos a coragem e determinação para em termos políticos tomar decisões que por vezes não são fáceis nem unânimes, mas que são efetivamente necessárias, por forma a mantermos a referida sustentabilidade ambiental, mas também económica”.

Segundo a nota de imprensa, Luís Silveira deixou o desafio para que em fevereiro de 2025, no âmbito da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), possa “haver uma campanha concertada de marketing operacional de promoção destes três destinos, sendo este um grande contributo para o setor, mas também de aproximar os povos destes três territórios, quer por via da nossa cultura, tradições, gastronomia, mas também na área da educação”, fazendo referência ao alunos de Cabo Verde que estão a frequentar a Escola Profissional de São Jorge, por via destas geminações.

Para o edil, o turismo é um setor que continua em “franco crescimento e de todo importante para a economia local, possibilitando a geração de riqueza e a criação de mais postos de trabalho, bem como a fixação de pessoas na nossa terra”.

Em 2025 as Jornadas Atlânticas de Turismo irão ter lugar em Porto Santo, na Madeira.