Autor: Lusa/AO Online
A intenção está manifestada na resolução onde se pode ler que na assembleia geral da empresa marcada para o próximo dia 30 de dezembro o ponto único será a "aprovação da constituição de suprimentos no montante de 2,6 milhões de euros a efetuar pela sócia Região Autónoma da Madeira à Empresa Jornal da Madeira, Lda. e aprovação da celebração do respetivo contrato".
O Jornal da Madeira tem recebido ao longo dos anos diversos suprimentos do Governo - além das dotações orçamentais - que se afiguram como ‘empréstimos', sendo criticados pela oposição madeirense, que olha para o JM como um mau exemplo do uso de dinheiros públicos.
O orçamento regional para 2015 - recentemente discutido e aprovado no parlamento madeirense - prevê uma verba de 4,2 milhões de euros para o JM.
O JM é também referido pela oposição como sendo um veículo de promoção do PSD-M, deixando de fora todo o resto do espectro político regional.
Em fevereiro de 2014, Jaime Filipe Ramos, do PSD-M, reconhecia no parlamento que o direito de opinião do JM "deve ser de todos os cidadãos e não apenas de alguns", mas reconheceu que "o atual modelo do JM deve ser repensado e revisto em nome dos seus profissionais e da pluralidade".
O JM é detido em 99% pelo Governo Regional, estando o restante (1%) na posse da Diocese do Funchal.