Autor: Lusa/AO Online
“Entre 2006 e 2011 investimos no plano da bacia hidrográfica das Furnas 16 milhões de euros”, afirmou Carlos César, especificando que esse investimento envolveu o reordenamento, compra de terrenos, retirada de cabeças de gado, requalificação das margens, dragagens e intervenção na massa de água.
Carlos César, que falava aos jornalistas à margem da inauguração do Centro de Interpretação da Caldeira do Santo Cristo, em S. Jorge, garantiu que “este trabalho é para prosseguir”.
“Este é um trabalho de gerações e esta geração vai deixar a Lagoa das Furnas muito melhor do que a recebeu e a prova são as análises à água que dão conta disso”, frisou.
O presidente do executivo açoriano manifestou ainda confiança de que “a continuidade do trabalho, a persistência e o acompanhamento científico vão dar bons resultados”.
A situação da água da Lagoa das Furnas sofreu recentemente um agravamento, com a água a ganhar uma coloração amarela que o Governo atribuiu a cinobactérias na sequência de uma sucessão de dias de muito calor, sem vento e sem chuva.
Numa visita que realizou esta semana ao local, a líder do PSD/Açores, Berta Cabral, criticou a política ambiental do executivo, que considerou estar a falhar, e exigiu um maior empenhamento do Governo Regional na defesa da Lagoa das Furnas.
“A política ambiental seguida nos últimos anos tem sido elogiada por organizações internacionais. Não reconhecer o sucesso das políticas ambientais é ter grande cegueira e algo de injusto para centenas de pessoas que desenvolvem um importante trabalho”, afirmou Carlos César.