Em comunicado, o governante avança que, “atendendo à importância” dos morcegos e “não existindo na comunidade científica atualmente projetos de investigação nos Açores” sobre aqueles mamíferos, o executivo açoriano vai elaborar um plano para garantir a conservação da espécie.

“A Secretaria do Ambiente e Alterações Climáticas, no âmbito do projeto LIFE IP Azores Natura, tem uma ação dirigida especificamente ao estudo e proteção dos morcegos, que irá culminar com a elaboração de um Plano de Ação para a Conservação dos Morcegos dos Açores”, lê-se na nota de imprensa.

Alonso Miguel participou numa campanha de sensibilização, promovida pelo Eurobats – Acordo para a Conservação das populações de morcegos europeus, que decorreu na Agualva, na ilha Terceira.

Segundo o comunicado, aquela “ação simbólica” teve por “objetivo estimular a curiosidade e promover o conhecimento dos açorianos em relação a estas espécies protegidas”.

Alonso Miguel reforçou o “importante papel ecológico” dos morcegos, que ajudam a controlar as pragas, “uma vez que se alimentam de insetos voadores como, por exemplo, traças, besouros, mosquitos e térmitas”.

“A atividade consistiu num convite a ouvir os morcegos, através de um detetor de ultrassons, um aparelho que nos possibilita ouvir os sons emitidos por estas espécies, que nos permitem identificar o comportamento e a espécie detetada”, acrescenta o governo açoriano.

Nos Açores são conhecidas duas espécies de morcegos, sendo uma delas o morcego dos Açores, o único mamífero endémico da região, que só existe nas ilhas do grupo Central e Ocidental do arquipélago.

A outra espécie é o Morcego da Madeira, endémico do arquipélago madeirense, mas que também está presente nas Canárias e nas ilhas açorianas de Flores, Corvo, Pico, São Jorge, Graciosa e Santa Maria.