“Na vertente gastronómica o festival terá a presença de sabores do Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau e México”, adiantou a direção da AIPA numa nota de imprensa enviada à Lusa, acrescentando que durante os três dias do evento a “tenda gastronómica” estará aberta aos almoços e jantares, sendo a comida confecionada por imigrantes residentes nos Açores.

O passe para os três dias do festival, que decorrerá na Academia das Artes e Conservatório Regional de Ponta Delgada, custa oito euros, sendo que para os sócios da AIPA o valor é de cinco euros.

Segundo a organização, o destaque musical este ano vai para a presença do grupo cabo verdiano “Cordas do Sol”, que aproveita uma digressão pela Europa para atuar no dia 29 de novembro pela primeira vez nos Açores.

O primeiro dia do festival contará, ainda, com a atuação dos “Bossa Quintet”, um grupo musical da ilha Terceira, composto por brasileiros e açorianos.

A 30 de novembro sobem ao palco os “Throes + The Shine” e o músico guiniense Mayo Coopé, ficando reservado para a última noite do festival os sons do rap com o grupo “B-Unit”, formado por jovens descendentes de imigrantes cabo verdianos residentes na Terceira, e a atuação do músico açoriano Rafael Carvalho, com os sons açorianos da viola da terra.

“À semelhança de anos anteriores, o festival será palco de um conjunto de atividades paralelas que visam proporcionar ao público o desejo de celebrar a adversidade cultural”, adianta a organização, revelando que estão previstos workshops de tranças africanas, o lançamento da 2ª edição da revista “Viver Aqui”, uma exposição de fotografias de S. Tomé e Príncipe e poesia.

O festival “O Mundo Aqui” decorre na ilha de S. Miguel desde 2007.

Nos Açores residem mais de 4.000 imigrantes, o que representa cerca de 3% da população do arquipélago, distribuídos pelas nove ilhas e provenientes de 80 nacionalidades, com destaque para Cabo Verde, Brasil, Angola e países do leste europeu.