Açoriano Oriental
Covid-19
Estudo prevê 36.000 mortes por dia na China durante Ano Novo Lunar

O número de mortes diárias por covid-19 na China pode ascender a 36.000, durante as férias do Ano Novo Lunar, segundo um estudo difundido pela empresa britânica de análise da área da saúde Airfinity.

Estudo prevê 36.000 mortes por dia na China durante Ano Novo Lunar

Autor: Lusa/AO Online

A empresa afirmou que as suas análises indicam que o vírus se “espalhou rapidamente para as áreas rurais”, em parte devido às deslocações das pessoas, por ocasião do feriado do Ano Novo Lunar.

A Airfinity ajustou as suas previsões e antecipou o pico de infeções entre o período entre 13 e 27 de janeiro, em que o número de casos de covid-19 ascenderá a 4,8 milhões por dia.

Segundo a empresa especializada, o número de mortes diárias vai atingir o máximo de 36 mil, no dia 26 de janeiro, em pleno período festivo, que tem início no dia 20 e se prolonga por uma semana, embora a temporada de viagens já tenha oficialmente começado no dia 07 de janeiro.

A Airfinity previu inicialmente duas ondas de infeções, nos dias após o período de férias e em março, mas agora antecipa uma única onda de maior intensidade durante a semana de férias.

Isto implica “maior pressão hospitalar” e um “aumento potencial na taxa de mortalidade”, segundo a empresa.

O ajuste nas previsões deveu-se ao facto de algumas províncias como Henan (centro), Gansu (oeste), Qinghai (oeste) ou Yunnan (sul) “já terem ultrapassado o pico de infeções”.

Em algumas províncias, o aumento da procura por cuidados intensivos “vai superar até seis vezes a capacidade hospitalar”, disse o diretor da Airfinity, Matt Linley.

Da mesma forma, a empresa corrigiu os dados de óbitos acumulados desde o início de dezembro passado, quando a China começou a desmantelar a política de “zero covid”: o cálculo anterior apontava para 437 mil mortos, enquanto o mais recente aponta para 608 mil.

O Conselho de Estado (Executivo) exortou, em meados de dezembro, as autoridades locais a dar prioridade aos serviços de saúde nas zonas rurais “para proteger a população”, apontando a “relativa escassez de recursos médicos” face ao elevado número de deslocações previstas.

A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou, no último sábado, um total de 59.938 mortes, entre 08 de dezembro e 12 de janeiro deste ano.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, na semana passada, que a China não estava a fornecer números completos de mortes por covid-19 no atual surto, o que impede perceber a verdadeira extensão da doença a nível global.

A China defende que tem partilhado os seus dados “de forma aberta, atempada e transparente” desde o início da pandemia.


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