Açoriano Oriental
Estudantes concentrados junto ao parlamento depois de desfile contra cortes na Educação
Várias dezenas de estudantes estão concentrados em frente à Assembleia da República, reivindicando uma escola pública, gratuita e democrática para todos.
Estudantes concentrados junto ao parlamento depois de desfile contra cortes na Educação

Autor: Lusa/AO online

Com esta ação de luta os estudantes do básico e secundário afirmam querer "demonstrar o seu descontentamento para com os cortes já anunciados na Educação", e exigir "melhores condições materiais e humanas” nas escolas portuguesas, disse à Lusa Miguel Mestre, de 16 anos.

Outro dos objetivos dos estudantes, adiantou, é ajudar a "derrotar na rua um Orçamento do Estado que prevê mais cortes na Educação, e que vai agravar ainda mais as condições de vida dos estudantes e das famílias", acrescentou.

Junto ao parlamento continuam a ouvir-se tambores e palavras de ordem tais como "Não, não, não aos cortes na educação" e “Quem não salta, é do Governo", já gritadas durante o desfile entre a praça Luís de Camões, ao Chiado, e a Assembleia da República.

Na escadaria em frente ao parlamento estão cerca de duas dezenas de agentes da PSP, que vigiam o desenrolar dos acontecimentos.

"O que nos trouxe aqui foi o repúdio por esta política, por más condições nas escolas, na nossa educação e na nossa vida" disse à agência Lusa Francisco Dias Pereira, um dos estudantes que organizaram o protesto.

O jovem de 16 anos acrescentou que outra razão para o protesto é o aumento do passe escolar, medida que garante dificultar a vida a muitos alunos e às suas famílias.

Os estudantes também exigem "o fim das turmas com quase 30 alunos", modelo que, garantem, não permite que haja aprendizagem com qualidade.

"Reunimos com o ministro que nos explicou que isto era normal. Diz que, no tempo dele, eram 40. Mas ele estudou na escola do fascismo - é essa a escola que nós queremos? Não!", vincou o jovem.

Descontente com o estado do país, Ricardo, de 16 anos, que não quis revelar o apelido, permanecia sentado um pouco mais afastado dos estudantes mais ativos, conta que veio até ao parlamento protestar "contra tudo o que está a acontecer no país".

"É uma vergonha. É quase impossível as famílias sobreviverem assim e isto leva à revolta", afirmou, vincando que os protestos têm de continuar a ser feitos porque, caso contrário, "eles vão continuar a fazer o que querem”.

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