Açoriano Oriental
Engenharia continua em queda, informática cada vez menos 1.ª opção
Entre os candidatos ao ensino superior há cada vez menos estudantes a equacionar as áreas de informática como uma primeira opção, as indústrias transformadoras são a área com menor capacidade de atração e engenharia continua a perder alunos.

Autor: Lusa

De acordo com os dados divulgados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), os cursos ligados à área de informática, muitas vezes associados a uma maior facilidade de encontrar emprego, levaram a concurso na 1.ª fase de acesso ao ensino superior 900 vagas, mais 78 do que as 822 de 2013, mas foram 1.ª opção na escolha dos cursos para apenas 201 candidatos.

Em 2013 foram 217 os candidatos que indicaram estes cursos como 1.ª opção e em 2012 houve 254 alunos a preferir a formação superior na área da informática. A percentagem de ocupação de vagas na 1.ª fase informática está abaixo dos 40%, com 38% de lugares preenchidos, contra as 46% de vagas ocupadas em 2013.

Este ano mais de metade das 900 vagas (556) ficaram vagas nos cursos de informática.

As indústrias transformadoras, com 718 vagas a concurso na 1.ª fase de acesso, foram a 1.ª opção de 86 candidatos. Em termos estatísticos, para cada vaga aberta há apenas 0,12 candidatos interessados em ingressar num curso destas áreas em 1.ª opção. A taxa de ocupação ficou-se pelos 25%, com apenas 182 alunos colocados.

Os cursos de engenharia abriram 9.022 vagas, o mesmo número de lugares disponibilizados em 2013, mas este ano houve menos 401 estudantes a optar por um curso desta área como 1.ª opção, face aos 5.904 que o fizeram em 2013.

O número de colocados também baixou dos 5.596 em 2013 para os 5.302 em 2014, o que se traduz numa redução da taxa de ocupação dos 62% para os 59%, tendo sobrado 3.724 vagas das mais de nove mil em concurso.

Entre as áreas com as mais baixas taxas de ocupação estão ainda a proteção do ambiente e agricultura, silvicultura e pescas.

Já entre as áreas com mais de 90% das vagas ocupadas na 1.ª fase de acesso estão saúde (93%), serviços de transporte (92%), ciências da vida (90%), informação e jornalismo (93%) e ciências sociais e de comportamento (95%).

Estas duas últimas áreas, a par de direito, são aquelas que maior capacidade de atração de alunos apresentam, com uma procura em 1.ª opção superior ao total de vagas disponíveis.

Informação e jornalismo destaca-se nas preferências dos candidatos a universitários, com quase dois alunos por vaga a escolherem estes cursos como área preferencial.

A área de formação de professores, que em 2013 perdeu candidatos em 1.ª opção, assim como alunos colocados, em comparação com 2012, apresenta em 2014 valores bastante semelhantes ao ano anterior no total de vagas disponíveis e candidatos. Melhorou ligeiramente a taxa de ocupação de lugares na 1.ª fase, subindo dos 66% para os 70%, com 857 candidatos colocados.

De uma forma geral, a taxa de ocupação de vagas em 1.ª fase fixou-se este ano nos 74%, um ponto percentual acima de 2013.

 

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