Empresas açorianas acusam malparado “histórico”

O crédito malparado entre as empresas açorianas alcançou os 3,2 por cento em Agosto, um dos valores mais elevados dos últimos anos, revela o Banco de Portugal, que confirma assim as dificuldades que atravessam os empresários locais.


Nos últimos cinco anos, o incumprimento no crédito às empresas açorianas nunca havia ultrapassado os 2 por cento.

A dificuldade crescente das empresas em liquidar as respectivas dívidas resulta da crise financeira e económica internacional que acabou por se reflectir em Portugal continental e Regiões Autónomas.

Verifica-se, aliás, que os Açores estão abaixo do incumprimento médio nacional, que é de 3,9 por cento.

O malparado nas empresas é particularmente importante nas regiões do Alentejo (5 por cento), Norte (4,3 por cento) e Centro (4,1 por cento). Em Lisboa atinge os 3,8 por cento e no Algarve os 3 por cento. A Madeira regista o valor mais baixo do país, com 2,9 por cento.

Segundo os dados avançados pelo Banco de Portugal, o crédito malparado entre as empresas de todo o país atingiu os 4,6 mil milhões de euros, um aumento de 69,2 por cento face ao valor registado em Janeiro, o valor mais elevado desde Junho de 1999 e uma quase duplicação face ao ano anterior.

A nível dos vários sectores de actividade, a construção, o imobiliário e os serviços são responsáveis por mais de metade do malparado entre as empresas em todo o país.*

*Leia a notícia completa na edição impressa do Açoriano Oriental de 24 de Outubro de 2009.

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