Açoriano Oriental
Open da Austrália
Djokovic regressa após deportação para tentar 22.º ‘major’

O tenista sérvio Novak Djokovic regressa ao Open da Austrália, primeiro ‘major’ da temporada, depois de ter sido deportado há um ano, para tentar igualar o recorde de 22 títulos do ‘Grand Slam’ do espanhol Rafael Nadal.

Djokovic regressa após deportação para tentar 22.º ‘major’

Autor: Lusa /AO Online

Em 2022, o número cinco mundial ainda viajou para os Antípodas com uma isenção médica, mas a permanência viria a ser recusada, após ser considerado uma ameaça à saúde pública, por não ser vacinado contra a covid-19. O contexto, entretanto, mudou e o sérvio, de 35 anos, ainda sem estar vacinado, está de volta a Melbourne Park, onde já ergueu nove vezes o troféu.

No regresso, entre os dias 16 e 29 de janeiro, o antigo líder mundial tem pela frente uma missão maior, a de tentar igualar o recorde de 22 títulos do ‘Grand Slam’ do primeiro cabeça de série do Open da Austrália, Rafael Nadal, campeão em título.

Novak Djokovic iniciou a época a vencer o torneio de Adelaide 1, ao bater nas meias-finais o russo Daniil Medvedev, número sete do mundo, e o norte-americano Sebastian Korda na final, e apresenta-se com um dos maiores candidatos ao triunfo na Rod Laver Arena, após ter igualado na última época os 21 ‘majors’ de Nadal em Wimbledon e de ter conquistado as ATP Finals.

Um desconforto na perna esquerda desde as meias-finais de Adelaide poderá, contudo, dificultar a tarefa do tenista de Belgrado perante as intenções do esquerdino maiorquino, de 36 anos, que, por ausência do compatriota e líder mundial, Carlos Alcaraz, a lidar com uma lesão na perna direita, assume igual favoritismo.

O número dois do ‘ranking’ ATP regista seis derrotas nos sete últimos encontros jogados, duas delas já este ano na United Cup, em Brisbane, mas não deixa de ser um jogador a ter em conta na corrida ao título, que já ganhou duas vezes (2009 e 2022) nas seis finais disputadas, a última das quais no dramático encontro de 2022 com Medvedev, recuperando de dois ‘sets’ a zero para vencer em cinco parciais e tornar-se no tenista mais titulado do ‘Grand Slam’.

Além de Rafael Nadal e Novak Djokovic, que poderá estabelecer-se apenas como o segundo tenista a vencer pelo menos 10 vezes o mesmo ‘major’, um feito só ultrapassado pelo espanhol com 14 vitórias em Roland Garros, todos os jogadores do ‘top 10’ mundial vão marcar presença em Melbourne, com exceção de Alcaraz.

Entre os mais jovens menos titulados, o norueguês Casper Ruud (3.º), vice-campeão de Roland Garros e do Open dos Estados Unidos, e o grego Stefanos Tsitsipas (4.º) poderão alcançar o topo do ‘ranking’ mundial, caso conquistem o título na Rod Laver Arena, assim como Djokovic. Caso nenhum vença o Open da Austrália e Ruud chegue à final, sem que um dos dois mais diretos adversários ganhe, Carlos Alcaraz mantém-se como número um.

Daniil Medvedev, após a derrota nas meias-finais em Adelaide, vai tentar, por sua vez, pela terceira vez consecutiva ser bem-sucedido no encontro do título, depois dos desaires, em 2021, frente a Novak Djokovik e a Rafael Nadal na última edição do ‘Happy Slam’.

Na competição feminina, a polaca Iga Swiatek, líder da hierarquia WTA, é apontada como a grande favorita a suceder à australiana Ashleigh Barty, entretanto retirada do ténis mundial, no palmarés de campeãs do Open da Austrália.

Swiatek, de 21 anos, venceu 36 encontros consecutivos na última época, dominou o ténis feminino, após o surpreendente anúncio de reforma da antiga líder mundial, Ash Barty, aos 25 anos, e em Melbourne Park vai tentar superar as meias-finais alcançadas há um ano, ainda antes da conquista de dois títulos do ‘Grand Slam’, em Roland Garros e Open dos Estados Unidos.

Para lá de Iga Swiatek, a tunisina Ons Jabeur, número dois do ‘ranking’, também é uma forte candidata a chegar longe no torneio, que este ano não contará com a presença da bicampeã japonesa Naomi Osaka (2019 e 2021), grávida e com regresso previsto para 2024.

Assim como em Jabeur, são depositadas boas expectativas nas exibições da norte-americana Jessica Pegula (3.ª), responsável pela derrota de Swiatek na United Cup, da francesa Caroline Garcia (4.ª), da bielorrussa Aryna Sabalenka (5.ª), da grega Maria Sakkari e da norte-americana Coco Gauff.



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