Autor: Susete Rodrigues/AO Online
“(DES)Alma” apresenta 12 obras de grandes dimensões onde o artista utilizou “pigmentos minerais naturais da região de Ouro Preto, no Brasil, constituídos por matizes de azul, verde-água e diferentes tons de ocres e cinzentos”, indica nota de imprensa.
Da série, “Alma, Carne e Ossos”, que passou pelo Porto, Lisboa e Cidade do México, esta mostra “leva-nos a fazer uma reflexão promovida pelo isolamento e pelo distanciamento.”
Segundo Hilda Frias, curadora da exposição em Lisboa, “o cordial e amigável dos primeiros tempos de isolamento, povoado de mensagens e telefonemas deu lugar a um egocentrismo sem igual, sem compreensão nem discernimento. Não nos olhamos nos olhos, não nos beijamos, não nos tocamos e esse distanciamento, essa separação deixa-nos melancólicos e vazios. Melancolia nos olhares, alma que sente, carne que se dá, ossos que ficam e que doem por já não haver mais nada”.
“(DES)Alma” já esteve patente em Lisboa e em Salvador da Bahia.
Carlos Mota nasceu em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, formou-se em Arquitetura de Interiores no CAD – Centre des Arts Décoratifs de École des Arts D’lxelle, na Bélgica.
De 1994 a 1998 foi aluno de pintura de Toma Roata e de desenho de Jacques Richard.
Vive e trabalha em Lisboa e desde 1993 realiza exposições individuais e coletivas, nacionais e internacionais.