Açoriano Oriental
Defesa da coesão é “vontade comum da Europa”, conclui Costa em Bruxelas

O primeiro-ministro disse esta quarta-feira deixar Bruxelas mais otimista quanto a um acordo ambicioso sobre o orçamento comunitário, após constatar junto de diversas instituições que a defesa da política de coesão “é a vontade comum da Europa e dos europeus”.

Defesa da coesão é “vontade comum da Europa”, conclui Costa em Bruxelas

Autor: Lusa/AO Online

“É muito importante para mim ter verificado, junto do representante dos cidadãos, que é o Parlamento Europeu, do representante das regiões e das comunidades locais, que é o Comité das Regiões, junto de todos os parceiros sociais, que estão representados no Comité Económico e Social, [que] não há dúvidas: a União Europeia tem que ter um orçamento à medida das suas ambições, e a politica da coesão tem aqui um papel fundamental”, declarou aos jornalistas.

António Costa, que falava ladeado pelos presidentes do Comité das Regiões, Karl-Heinz Lambert, e do Comité Económico e Social Europeu, Luca Jahier, após reuniões separadas com ambos, depois de já ter estado reunido de manhã com o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, enfatizou que “este dia foi um dia muito importante” para reforçar o “otimismo sobre o futuro da Europa, porque neste diálogo” com estas três instituições “ficou claro que a discussão sobre o próximo quadro financeiro não é uma luta entre países, mas, pelo contrario, é um momento de tomar a decisão de cumprir ou não cumprir aquilo que é a promessa da UE para com os europeus”.

“Espero que todos os meus colegas no Conselho possam ouvir não só a posição largamente maioritária daqueles países que já se afirmaram «Amigos da Coesão», possam ouvir as regiões dos seus países que também são beneficiarias da política de coesão, mas possam ouvir também o Parlamento Europeu, que é quem no fim vai ter de aprovar ou não aprovar este orçamento, e os representantes das regiões e os representantes dos parceiros sociais, porque no fundo é a vontade comum da Europa e dos europeus que a politica de coesão seja defendida”, disse.

Questionado sobre se não receia ser o rosto de uma eventual derrota nas negociações sobre o orçamento da União Europeia pós-2020, dado estar na linha da frente na defesa da política de coesão, que poderá vir a sofrer cortes, Costa afirmou-se satisfeito por estar a “travar esta batalha” e comentou que “quem tenha medo de derrotas não se pode meter na política, dedica-se a outra atividade qualquer”.

“Se dúvidas houvesse, hoje [com] a resposta unânime que encontrei de todos com quem falei no Parlamento Europeu, a resposta muito clara do Comité das Regiões, a resposta muito clara do Comité Económico e Social, fica muito evidente para todos que a defesa da política de coesão não é a defesa do interesse exclusivo próprio de Portugal e de outros países, pelo contrário”, concluiu.

Durante esta deslocação a Bruxelas, na qual aproveitou para dar conta a diversos responsáveis europeus das conclusões da cimeira de sábado passado em Beja dos «Amigos da Coesão», Costa foi também recebido pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que está a liderar o processo negocial entre os 27, e que convocou para 20 de fevereiro uma cimeira extraordinária em busca de um compromisso.


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