Autor: Lusa / AO online
A subida do rio Tejo, feita no bote-de-fragata "Baía do Seixal" e nos varinos "Liberdade" e "Vala Real", pretende chamar a atenção para os prejuízos provocados pelos transvases espanhóis do Tejo.
"A nossa preocupação é ver o Tejo cada vez com menos água, com queixas dos pescadores e veraneantes a norte. A própria cor das águas indica que o rio tem poluição muito específica", disse à agência Lusa João Serrano, representante da candidatura da cultura avieira a património nacional .
Associações portuguesas e espanholas, juntas nesta acção, receiam que as políticas ambientais dos dois países provoquem a morte dos rios peninsulares.
"A lei internacional, em termos de caudais é para cumprir e isso não está a acontecer. Em (Vila Nova da) Barquinha já foi possível chegar ao Castelo de Almourol a pé, coisa impensável há pouco tempo atrás", denunciou João Serrano.
A acção de Hoje, adianta, servirá também para alertar para problemas como "caudais, poluição, assoreamento, pesca ilegal da enguia bebé, manutenção das margens, enfim cuidar do Tejo para evitar que daqui a pouco tempo deixe de ser navegável".
Ao novo executivo socialista, os promotores da iniciativa pedem "que acautele os caudais mínimos, que faça as medições que estão estipuladas internacionalmente, que negoceie com o Governo espanhol para que os acordos internacionais sejam cumpridos".
"Os problemas de Espanha são tantos que há a tentação de os resolver à custa dos caudais do Tejo como já aconteceu", sustentou João Serrano.
A iniciativa conta com o apoio da Plataforma para a Defesa do Tejo e do Alberche, de Talavera de la Reina, a Plataforma de Toledo em Defesa do Tejo e da organização de âmbito ibérico Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água no Tajo/Tejo e seus Afluentes.