Autor: Lusa/AO Online
Estas posições foram transmitidas por António Costa em entrevista à RTP, depois de questionado sobre os limites de ação do seu Governo, depois do chumbo do Orçamento do Estado para 2022 e da dissolução do parlamento.
O líder do executivo disse que o seu Governo apresentou na concertação social uma proposta para aumentar o salário mínimo para 705 euros em 2022, mas frisou que esse aumento não depende de um acordo entre os parceiros sociais.
Em relação à atualização dos salários dos funcionários públicos para 2022, que o Governo apontou para 0,9% no próximo ano, António Costa também advogou que o seu executivo pode avançar já.
“O que nós não faremos, porque não devemos fazer, é tudo aquilo que tem natureza extraordinária", disse, numa alusão à proposta que esteve em cima da mesa nas negociações do Orçamento, com o PCP, no sentido de se proceder a um aumento extraordinário de 10 euros de todas as pensões até aos 997 euros.
“Há uma atualização dos salários da função pública, com um aumento normal das pensões. O aumento extraordinário não, porque é precisamente extraordinário", justificou.
Segundo António Costa, com a Assembleia da República dissolvida, “o Governo obviamente tem uma legitimidade limitada”.
“Havendo convocação de eleições, os portugueses vão ser livres de escolher a continuação deste Governo ou de outro Governo. Todos esses compromissos que nós assumimos constarão do meu programa eleitoral com o compromisso de serem aplicados retroativamente ao dia 01 de janeiro", frisou.
Se vencer as eleições legislativas, António Costa prometeu que cumprirá essas medidas “retroativamente a dia 01 de janeiro”.
“Vamos fazer tudo o que é normal fazer: Subida do salário mínimo, atualização dos salários [da função pública], atualização das pensões. Quanto aos outros compromissos, como a atualização extraordinária das pensões, a redução do IRS, a criação das novas prestações sociais, designadamente do combate à pobreza infantil, todas essas medidas extraordinárias ou novas medidas, incluiremos no programa eleitoral com o compromisso de as aplicarmos retroativamente ao dia 01 de janeiro”, frisou o líder do PS
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