Açoriano Oriental
Confiança dos consumidores e clima económico diminuem em junho

O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em junho, após ter aumentado nos dois meses anteriores, e o indicador de clima económico recuou em maio e junho, depois de ter estabilizado em abril, divulgou hoje o INE.

Confiança dos consumidores e clima económico diminuem em junho

Autor: Lusa/AO Online

“O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em junho, após ter aumentado nos dois meses anteriores e de ter registado uma diminuição abrupta em março”, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE), acrescentando que “o indicador de clima económico diminuiu em maio e junho, depois de ter estabilizado em abril”.

Já o saldo das perspetivas dos consumidores relativas à evolução futura dos preços “aumentou em junho, após ter diminuído nos dois meses precedentes e de ter registado em março o maior aumento da série, o qual superou em larga medida o valor máximo anterior”.

Segundo o INE, “os indicadores de confiança aumentaram em junho na indústria transformadora, no comércio e, de forma ligeira, nos serviços, tendo diminuído de forma expressiva na construção e obras públicas”.

Os saldos das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda aumentaram na construção e obras públicas, no comércio e nos serviços, tendo atingido no primeiro caso o máximo da respetiva série, enquanto na indústria transformadora observou-se uma diminuição nos últimos dois meses, após ter atingido em abril o máximo da série.

De acordo com o instituto estatístico, a diminuição do indicador de confiança dos consumidores “resultou do contributo negativo de todas as componentes: expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar e da realização de compras importantes por parte das famílias e opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar”.

O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país diminuiu em junho, após ter aumentado nos dois meses precedentes e de ter registado em março a segunda maior diminuição da série.

Na mesma linha, o saldo das perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar também recuou em junho, depois dos aumentos observados nos dois meses anteriores e da segunda maior diminuição da série registada em março.

Quanto ao saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços, aumentou nos últimos nove meses, prolongando a trajetória acentuadamente ascendente iniciada em março de 2021 e igualando o máximo da série atingido em maio de 2008.

Já o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços aumentou em junho, após ter diminuído nos dois meses precedentes e de ter registado em março o maior aumento e o valor mais elevado da série iniciada em setembro de 1997.

Quanto à evolução do indicador de confiança na indústria transformadora, “deveu-se ao contributo positivo das perspetivas de produção, tendo as apreciações relativas aos ‘stocks’ de produtos acabados contribuído negativamente e as opiniões sobre a evolução da procura global apresentado um contributo nulo”.

O indicador de confiança aumentou no agrupamento de ‘bens de investimento’, tendo diminuído nos agrupamentos de ‘bens de consumo’ e de ‘bens intermédios’.

Por seu turno, o indicador de confiança da construção e obras públicas diminuiu “de forma expressiva” em junho, contrariando o aumento registado em maio, refletindo a evolução no último mês “o contributo negativo das duas componentes, apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego, mais intenso no último caso”.

No setor do comércio, o indicador de confiança aumentou em junho, após ter diminuído no mês anterior, refletindo o contributo positivo das opiniões sobre o volume de vendas e das perspetivas de atividade da empresa, tendo as apreciações sobre o volume de ‘stocks’ contribuído negativamente.

Em junho, o indicador de confiança aumentou no ‘comércio por grosso’ e diminuiu no ‘comércio a retalho’.

Quanto ao indicador de confiança nos serviços, aumentou “ligeiramente” em junho, contrariando a diminuição observada no mês precedente e retomando o valor máximo desde junho 2006.

“O comportamento do indicador resultou do contributo positivo das apreciações relativas à atividade da empresa, tendo as opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e as perspetivas relativas à evolução da procura contribuído negativamente”, explica o INE.


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