Açoriano Oriental
Composto orgânico substitui leiva na cultura de ananás
O composto produzido pela Associação de Municípios de São Miguel (AMISM) pode ser a solução para substituir a leiva nas produções de ananás.
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Autor: Ana Carvalho Melo

Este é o resultado de um estudo que foi ontem apresentado por Carlos Arruda Pacheco, do Instituto Superior de Agronomia, durante o Dia Aberto do projeto Cultura do Ananás dos Açores, promovido pelo Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores (INOVA) em Ponta Delgada.

“O composto da AMISM substitui a leiva com vantagens. Todos os estudos científicos ao nível da caracterização química, física e biológica atestam a sua qualidade”, afirmou o investigador do Instituto Superior de Agronomia, acrescentando que “temos hoje os frutos que foram recolhidos com esta versão e que são de grandes dimensões, boa qualidade e bom aroma”.

Do ponto de vista da economia da Região os resultados deste estudo representam “um passo muito importante mas a pertinência dos estudos mantém-se” como salientou o investigador: “Quando num sistema alteramos uma variável, neste caso o substrato, temos de repensar todas as outras. O que justifica a necessidade de se realizar investigação que garanta fundamentação técnica e científica”.

A utilização da leiva na cultura do ananás foi proibida como forma de preservar o seu valor ecológico, sendo que desde então os produtores procuram uma solução para a sua substituição.

A formação dos produtores para a utilização destas técnicas será o passo seguinte ainda que Carlos Arruda Pacheco refira que esta descoberta vem refletir dados empíricos já obtidos pelos produtores em experiências nas suas plantações.

Em relação à qualidade do produto açoriano, o investigador afirma que o modo de produção biológica que o caracteriza torna-o um produto de qualidade, “gourmet”.

Na sessão de abertura deste evento, Duarte Ponte, presidente do INOVA, referiu a importância de se apoiar a investigação de modo a assegurar os pilares da economia açoriana - o ananás, queijo, carne, pescado - e a melhorar o que já está a ser feito.

“Precisamos de continuar a exportar e para tal precisamos de desenvolver e melhorar aquilo que fazemos bem”, afirmou.

Joaquim Pires, diretor regional do Desenvolvimento Agrário, destacou a importância das “práticas inovadoras” nesta cultura e recordou o plano lançado pelo executivo para a melhoria do ananás dos Açores.

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