Autor: Lusa
A proposta dos comunistas abre, pelas 10:00, o dia de trabalhos no parlamento, e será votada no final da manhã.
No texto, o PCP pede que seja aberta uma comissão de inquérito sobre o "processo que conduziu à aplicação da medida de resolução e às suas consequências, nomeadamente quanto aos desenvolvimentos e opções relativos ao GES (Grupo Espírito Santo), ao BES e ao Novo Banco".
No começo de setembro, a criação de uma comissão de inquérito obteve a concordância de todos os partidos com assento parlamentar em conferência de líderes então realizada.
A comissão só deverá avançar, contudo, após a conclusão da comissão de inquérito à compra de material militar.
"Sem nenhuma restrição iremos analisar todo o conteúdo do projeto e iremos tomar uma posição, sendo certo que dessa posição sairá seguramente a viabilização do inquérito parlamentar", afirmou a 03 de setembro o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro.
O presidente da bancada do CDS-PP, Nuno Magalhães, disse então que "tendo a comissão de inquérito em relação aos equipamentos militares um prazo de finalização dos seus trabalhos para dia 20, estão reunidas as condições para que desde logo e depois da sua aprovação [a comissão do BES] possa começar as suas diligências".
No dia 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas.
No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES mas que está em liquidação, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas.
No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.