Horas após a última ronda de negociações de conciliação entre representantes da assembleia europeia e dos Estados-membros ter sido fechada sem sucesso, a comissária europeia responsável pelo Orçamento, Kristalina Georgieva admitiu hoje que as negociações entre as instituições estão a “revelar-se difíceis de fechar”, apesar dos progressos realizados, mas reafirmou o objetivo de chegar a um acordo a curto prazo.
“Nos próximos dias, a Comissão vai apresentar uma nova proposta orçamental e trabalhar com o Parlamento Europeu e os Estados-membros para alcançar um compromisso antes do final do ano. Devemos isso aos cidadãos europeus”, disse a vice-presidente da Comissão.
Na segunda-feira à noite, data limite para ser fechado um compromisso, representantes do Parlamento e do Conselho não chegaram a acordo sobre o orçamento da UE para o próximo ano, que deverá rondar os 140 mil milhões de euros.
O Parlamento condiciona a aprovação do orçamento para 2015 a retificações ao orçamento de 2014, já que, para o ano em curso, estão em falta perto de 30 mil milhões de euros.
A assembleia reclama, designadamente, o pagamento imediato de cerca de 4,7 mil milhões de euros de “faturas urgentes”, mas tem encontrado forte oposição do Conselho.
A nova proposta que a Comissão irá apresentar nos próximos dias vai ser negociada com vista a um acordo até meados de dezembro, e, se o projeto de orçamento não for aprovado na sessão plenária a 17 de dezembro, deverá ser desencadeado o regime de duodécimos.
