Açoriano Oriental
Chega questiona Governo dos Açores sobre tarifas da SATA para instrumentos musicais

O Chega/Açores questionou o Governo Regional sobre as novas tarifas da transportadora SATA, que implicam o pagamento de uma taxa para o transporte de instrumentos musicais, alertando que a decisão tem "motivado muitas queixas de agentes culturais".

Chega questiona Governo dos Açores sobre tarifas da SATA para instrumentos musicais

Autor: Lusa

Segundo o partido, que entregou hoje na Assembleia Legislativa Regional um requerimento sobre a situação, a transportadora aérea açoriana SATA "começou a aplicar um novo conjunto de tarifas desde 17 de janeiro, entre elas uma tarifa para o transporte de instrumentos musicais, independente da tarifa e da franquia da bagagem do passageiro".

A decisão, segundo o Chega/Açores, "tem resultado em muitas queixas, em particular de muitos músicos dos Açores".

"Com as novas regras em vigor", os músicos "estão sujeitos a taxas que podem variar entre os 25 e os 100 euros, consoante o peso dos respetivos instrumentos musicais", alerta o partido, no requerimento.

Contudo, "ficam de fora destas taxas o transporte de equipamentos desportivos com o argumento que a prática desportiva é uma mais-valia para a promoção do destino Açores no exterior", reconhece o Chega.

No requerimento, o deputado do Chega/Açores, José Pacheco, pergunta se o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) está "a equacionar alguma medida para compensar os agentes culturais dos Açores" com a entrada em vigor na SATA da tarifa do transporte de instrumentos musicais.

No caso de situações pontuais, nomeadamente o intercâmbio entre filarmónicas da região com outras de fora do arquipélago, o Chega pretende saber se pode ser criado um regime de apoio para "colmatar os gastos com o transporte dos instrumentos musicais".

O deputado José Pacheco sublinha também que os músicos dos Açores promovem a cultura e as tradições do arquipélago dos Açores.

"Muitas vezes levam a nossa música ao continente e, agora, passam a ter mais este encargo nas suas deslocações”, aponta José Pacheco, citado na nota de imprensa, salientando que, tal como o desporto, também a cultura “é uma mais-valia na promoção dos Açores no exterior e os seus agentes não podem ser limitados por uma companhia que é de todos” os açorianos.

"Pode o Governo Regional dos Açores intervir nesta matéria no sentido de ser criada uma exceção, de modo a tornar menos onerosa esta tarifa para o transporte de instrumentos musicais", questiona ainda José Pacheco, no requerimento.


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