Autor: Lusa/AO Online
Numa declaração política no plenário da Assembleia Legislativa dos Açores, que se reúne em modo 'online', o líder do Chega nos Açores, Carlos Furtado, destacou o "voto de confiança apreciável" dado pelos portugueses "a uma canddiatura presidenciável de direita que representa um novo paradigma para o país".
"Os portugueses têm direito a lideranças fortes e confiáveis", declarou o parlamentar, reiterando que "os resultados expressos em urna" expressaram "uma quebra de confiança nos candidatos e nos partidos da esquerda".
Marcelo Rebelo de Sousa, com o apoio do PSD e CDS, foi reeleito Presidente da República nas eleições de domingo, com 60,70% dos votos, segundo os resultados provisórios apurados em todas as 3.092 freguesias e quando faltava apurar três consulados.
A socialista Ana Gomes foi a segunda candidata mais votada, com 12,97%, seguindo-se André Ventura, do Chega, com 11,90%, João Ferreira (PCP e Verdes) com 4,32%, Marisa Matias (Bloco de Esquerda) com 3,95%, Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal) com 3,22% e Vitorino Silva (Reagir, Incluir e Reciclar - RIR) com 2,94%.
Nos comentários à declaração do líder do Chega/Açores, PS, PSD e CDS saudaram a eleição de Marcelo, com o líder da bancada socialista, Vasco Cordeiro, a falar numa "vitória esmagadora da tolerância, do respeito, de uma sociedade que se quer inclusiva".
À esquerda, o líder do Bloco nos Açores, António Lima, perguntou a Carlos Furtado se o "novo paradigma" de Ventura passaria por "extinguir o Ministério da Educação e acabar com o Serviço Nacional de Saúde", declaração que o líder regional do PPM, Paulo Estêvão, definiu como "inflamada, incendiária e irresponsável".
Pela Iniciativa Liberal, o deputado único, Nuno Barata, lamentou os resultados de domingo: "venceram os populismos. Os populismos de Marcelo Rebelo de Sousa, de Ana Gomes e daquele cujo nome não vou pronunciar", disse, aludindo a André Ventura.