Açoriano Oriental
Açores/Eleições
CDS diz que não viabiliza governos, só compromissos eleitorais

O líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima, candidato às eleições regionais, voltou a apelar ao voto no partido para retirar a maioria absoluta ao PS e disse que não viabilizará governos, só compromissos eleitorais.

CDS diz que não viabiliza governos, só compromissos eleitorais

Autor: Lusa/AO Online

“O CDS não viabiliza governos de ninguém. O CDS viabiliza os seus compromissos eleitorais. É isso que estamos a apresentar aos açorianos e é isso que vamos exigir a quem for governo. Se for o CDS, tanto melhor”, afirmou, à margem de uma ação de campanha na Praia da Vitória.

Questionado sobre o pedido de “maioria estável” do líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, o candidato centrista disse que há uma diferença entre estável e absoluta.

“Uma maioria estável, mas sem maioria absoluta, porque há maiorias estáveis, como já se viu nos países mais desenvolvidos da Europa, sem serem maiorias absolutas. As maiorias absolutas depois dão no ‘eu, quero, posso e mando’. Vai ser: eu quero, posso, mas o mandar é dividido pelos açorianos, não é só de um lado”, frisou.

De regresso à ilha Terceira, por onde concorre como cabeça de lista, Artur Lima percorreu hoje as principais artérias da cidade da Praia da Vitória, acompanhado pelo líder nacional do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, pedindo um voto em quem propõe que os açorianos se reformem três anos mais cedo.

“Esta era uma proposta que já tínhamos na legislatura passada. Não o conseguimos porque o PS tinha maioria absoluta. Sem maioria absoluta, naturalmente, vamos conseguir”, salientou.

Segundo o candidato do CDS-PP, a proposta é de “inteira justiça”, já que, em média, os açorianos têm um esperança de vida menor em três anos do que um residente no continente.

“A vantagem é criar emprego qualificado e duradouro, rejuvenescer a administração pública e o setor privado”, acrescentou.

Numa campanha “abençoada” pela chuva, também o líder nacional centrista reiterou o apelo ao “voto útil” no CDS para “tirar a maioria absoluta ao PS”.

“Estas maiorias musculadas ao longo de sucessivos anos têm sido um bloqueio ao desenvolvimento social e económico dos Açores”, frisou.

Francisco Rodrigues dos Santos deixou a garantia de que o CDS nos Açores vai aprofundar o trabalho que desenvolveu ao longo dos últimos quatro anos, “com mais direitos na recuperação das listas de espera”, mais apoio aos jovens “para poderem estudar no ensino superior”, mais apoios aos idosos “para comprarem medicamentos” e “mais incentivos à natalidade”.

As legislativas dos Açores decorrem em 25 de outubro, com 13 forças políticas candidatas aos 57 lugares do parlamento: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP. Estão inscritos para votar 228.999 eleitores.

No arquipélago, onde o PS governa há 24 anos, existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo de compensação, que reúne os votos não aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

Nas anteriores legislativas regionais, o CDS foi a terceira força política mais votada, elegendo um deputado pela ilha Terceira, um por São Jorge e dois pela compensação.


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