Cáritas apela à generosidade dos portugueses para ajudar quem tem menos recursos

O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, apelou hoje à generosidade dos portugueses para ajudar quem tem menos recursos, lembrando que no país ainda há pessoas a ter “bons salários”


“Deixo o apelo às pessoas que tenham recursos que pensem nos outros que os perderam, porque no nosso país ainda há gente a auferir bons salários”, exortou Eugénio Fonseca, pedindo às pessoas que confiem ao Fundo Social Solidário, regulamentado esta semana pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), ou “a qualquer outra instituição a sua solidariedade para que chegue àqueles que está a faltar o essencial para poderem subsistir”.

Em Fátima, onde decorre até domingo o Conselho Geral da Cáritas Portuguesa, o dirigente reconheceu que o fundo, ao qual a Igreja Católica deu caráter de emergência devido à crise, “por muito rico que venha a ser” em termos de generosidade, “ficará sempre aquém daquilo que são as necessidades que nos estão a aparecer”.

“Agora o fundo pretende, para além de dar contributos pecuniários, dar também contributos anímicos e ajudar as pessoas a encontrarem novas perspetivas, novos projetos de vida”, declarou, sublinhando que “não se esgota apenas em dar dinheiro”.

Esta semana, o porta voz da CEP, padre Manuel Morujão, anunciou que o fundo vai distribuir ajuda em áreas como a alimentação, vestuário, rendas de casa, propinas ou medicamentos, “vertentes que hoje são muito atuais”.

“Espera-se que vá engrossando”, afirmou aos jornalistas o responsável, à margem da Assembleia Plenária da CEP que se realizou em Fátima, sustentando que se trata “sempre de um fundo de convergência, mas para a distribuição, não é para acumular”, e para responder às “urgências” através das Cáritas espalhadas pelo país.

Manuel Morujão acrescentou que o Fundo Social Solidário é uma forma de a Igreja Católica “responder de facto aos desafios” que a instituição e a sociedade têm pela frente.

Já no comunicado final da assembleia, os bispos esclareceram que o fundo “implica todos os cristãos”, mas “visa todos os mais débeis e carenciados, sejam quais forem os seus credos ou origens”.

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