Autor: Lusa/AO Online
A candidatura, a ser entregue pelo secretário regional da Agricultura e Ambiente, Neto Viveiros, terá uma resposta em março de 2016, no Peru, onde decorrerá o próximo Congresso Mundial de Reservas da Biosfera.
O Governo Regional dos Açores, as duas câmaras municipais da ilha (Velas e Calheta), o Parque Natural de São Jorge e o Comité Nacional do Programa MAB – O Homem e a Biosfera assinaram em agosto o formulário da candidatura que vai ser entregue à Comissão Nacional da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) e que segue depois para Paris, para o secretariado desta agência.
Na altura, Miguel Clusener, da Unesco, felicitou as autoridades regionais e locais pelo trabalho e ressalvou que o desfecho “não depende apenas da Unesco”, mas “principalmente da comunidade internacional”, ou seja, dos Estados-membros da agência das Nações Unidas para a educação e cultura.
Os Açores possuem três ilhas classificadas como reserva da biosfera (Flores, Corvo e Graciosa), havendo no total do país oito zonas com esta distinção.
As fajãs de São Jorge - que são mais de 70 e, em diversos casos, de difícil acesso - são terrenos planos ao nível do mar numa ilha que é muito escarpada e com alguma altitude.
As fajãs resultaram da acumulação de detritos, na sequência de terramotos ou de escoadas lávicas das erupções vulcânicas e os seus terrenos planos e férteis, onde existe um clima mais ameno do que nos pontos altos da ilha, acabaram por ser usados pelas populações, ao longo dos séculos, para a agricultura.