“As buscas revelaram-se infrutíferas e já não têm qualquer eficácia nesta forma intensiva”, disse o capitão do Porto de Ponta Delgada, Filipe Matos Nogueira, justificando ainda a suspensão das buscas com as dificuldades que as atuais condições meteorológicas levantam às operações de salvamento.

O Instituto de Meteorologia (IM) colocou hoje sob aviso laranja, o segundo mais grave de uma escala de cinco, o arquipélago dos Açores devido à previsão de chuva forte, vento com rajadas da ordem dos 90 km/hora e agitação marítima.

O jovem desaparecido na segunda-feira estaria na apanha de lapas quando caiu ao mar, numa zona de rochas no concelho da Ribeira Grande, ilha de S. Miguel, nos Açores.

O comandante Filipe Matos Nogueira adiantou que as buscas ficarão agora limitadas a patrulhamentos esporádicos e observação da costa.

Baseado na sua experiência, o capitão do porto de Ponta Delgada diz que neste tipo de casos “o grau de imprevisibilidade é muito grande”, podendo o corpo aparecer junto à costa, ou vários quilómetros afastado do sítio da queda, por ter sido arrastado pelas correntes do oceano Atlântico, ou mesmo nunca vir a aparecer.

“Temos um elevado número de casos semelhantes que nunca conheceram uma conclusão”, disse o capitão Filipe Matos Nogueira.

Nas operações de buscas por mar estiveram envolvidas duas embarcações semirrígidas, uma mota de água e a Corveta da Marinha, e em terra foram efetuadas durante todo o dia de quarta-feira buscas na costa com elementos da Policia Marítima e dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande.

As buscas foram suspensas na quarta-feira às 18:00 locais (19:00 em Lisboa).