Açoriano Oriental
Bolieiro rejeita moção de confiança para não ser “agente de instabilidade” nos Açores

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, voltou a rejeitar a apresentação de uma moção de confiança no parlamento regional, defendida pelo Chega, afirmando que a coligação PSD/CDS-PP/PPM não é um “agente de instabilidade”.

Bolieiro rejeita moção de confiança para não ser “agente de instabilidade” nos Açores

Autor: Lusa/AO Online

“A liberdade de pensamento e de posição cabe a cada um. O governo está focado na sua estabilidade governativa. Eu já disse com clareza: o quadro governativo e de coligação está coeso. Não somos agentes de instabilidade. Somos um referencial de estabilidade”, afirmou Bolieiro, quando questionado pelos jornalistas sobre as declarações de André Ventura, à margem de uma cerimónia nas Sete Cidades, Ponta Delgada, para assinalar o Dia Mundial da Água.

O Chega voltou a desafiar o Governo dos Açores a apresentar uma moção de confiança, considerando que cabe ao parlamento regional clarificar se o executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) “tem ou não condições para continuar” em funções.

“O cenário de instabilidade que se agudiza apenas se resolverá com a apresentação de uma moção de confiança pelo executivo de José Manuel Bolieiro ao parlamento regional dos Açores sobre, precisamente, a matéria recente de instabilidade que se vive na região”, afirmou o presidente do Chega, André Ventura.

Esta quarta-feira, Bolieiro afirmou que o “parlamento é soberano”, mas rejeitou a apresentação de moção de confiança.

“O parlamento é soberano. Se quiser tomar alguma iniciativa de instabilidade está no seu direito e assume a sua responsabilidade. Da minha parte, do governo e da coligação é sermos referenciais de estabilidade. A partir dai, é liberdade de pensamento e de posições”, salientou.

O líder do Chega defendeu que “é ao parlamento regional açoriano que cabe a resposta sobre se este governo tem ou não condições para continuar” e afirmou que só desta forma é possível “garantir que há o apoio necessário para o último ano e meio de governação”.

A 08 de março, o deputado único da IL no parlamento açoriano, Nuno Barata, rompeu o acordo de incidência parlamentar de suporte ao Governo dos Açores, chefiado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, e depois o independente Carlos Furtado, ex-Chega, também rompeu com esse acordo.

Entretanto, os dois deputados admitiram negociar “ponto a ponto” com o Governo dos Açores para manter a estabilidade governativa na região.

Os três partidos que integram o Governo Regional (PSD, CDS-PP e PPM) têm 26 deputados na assembleia legislativa e contam agora apenas com o apoio parlamentar do deputado do Chega, José Pacheco, somando assim 27 lugares num total de 57, pelo que perdem a maioria absoluta.

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