Autor: Lusa/Aonline
Aos 89 minutos, a resistência figueirense ruiu com o cabeceamento do médio do país vizinho, que fez o seu terceiro golo no campeonato, correspondendo ao cruzamento do argentino Di Maria, num dos muitos livres de que beneficiaram os da casa.
Os “encarnados” igualaram os 25 pontos do líder Sporting de Braga e deixaram assim o tetracampeão, FC Porto, com cinco pontos de atraso, no terceiro lugar, enquanto a Naval 1º de Maio segue em 10.º.
O treinador "encarnado", Jorge Jesus, voltou a apostar em Fábio Coentrão como defesa esquerdo, Ruben Amorim no meio-campo e Nuno Gomes a apoiar o avançado argentino Saviola, dadas as ausências do médio brasileiro Ramires, lesionado, e do melhor marcador da Liga, o paraguaio Cardozo, suspenso.
Inácio, técnico da equipa figueirense, "montou" um esquema com duas linhas de quatro unidades no qual o capitão francês Godemeche ajudava os defesas e Kerrouche ficava sozinho na frente, não podendo contar com o médio Bruno Lazzaroni, "tocado".
Com dificuldades em penetrar na povoadíssima área contrária, o Benfica alvejou a baliza de Peiser num livre directo de Di Maria, aos 14 minutos, mas o guardião gaulês opôs-se com uma boa defesa.
Cinco minutos depois, nova falta de um dos 11 elementos da Naval invariavelmente atrás do grande círculo e o mesmo protagonista impediu os festejos de Javi Garcia, noutro livre frontal, tal como aos 37 minutos, quando Peiser "safou" Daniel Cruz de um autogolo.
Antes do intervalo, Saviola acertou num poste, na sequência de um pontapé-de-canto cobrado por Aimar, e Javi Garcia, de cabeça, obrigou Peiser a outra excelente defesa, em novo canto.
Na segunda parte, com os dois "muros navais" prestes a ceder, Nuno Gomes falhou uma recarga acrobática, após remate potente de Javi Garcia e Aimar voltou a testar Peiser, tendo sido o poste a negar novamente o golo a Di Maria, aos 67 minutos.
Daí em diante, já com os brasileiros Welson e Keirrison a alargar os "buracos" na defesa figueirense, o Benfica passou por alguns apuros perto da sua baliza, mas conseguiu finalmente "furar".
Aos 89 minutos, o cabeceamento de Garcia premiou os incentivos do público, pedidos segundos antes pelo abnegado e visionário defesa central brasileiro David Luiz.