Autor: Lusa/AO Online
O autarca do Corvo, José Manuel Silva, respondeu hoje, em comunicado, às acusações feitas por Paulo Estêvão de que a autarquia estaria, juntamente com o Governo dos Açores, a favorecer uma empresa de construção civil no abastecimento de água, em detrimento dos lavradores e da população.
José Manuel Silva considera que o parlamentar “ou está mal informado, o que é uma forma de incompetência”, ou “é mesmo ignorante relativamente ao assunto de que fala, o que vem dar ao mesmo”.
O autarca esclareceu que a reserva de água a que o deputado se referia “não é destinada ao abastecimento público da população” e que “é falso que os agricultores do Corvo estejam com falta de água e muito menos com cumplicidade de qualquer entidade regional, como o IROA”.
“A água de que fala o representante do PPM está, em igualdade de circunstâncias, ao livre acesso de todos no Corvo, primacialmente dos lavradores”, assegura o autarca socialista, sublinhando que “a Câmara Municipal não tem, nem deve, aqui sim sob pena de ilegalidade, cobrar a ninguém a água que não se destina ao abastecimento público”.
A empresa em causa, o consórcio Somague-Ediçor Engenharia, S.A., “está, no momento, a fazer a maior obra pública de que há memória na ilha do Corvo nos últimos anos”, o aumento do porto marítimo.
O presidente da única autarquia da ilha considera que as acusações feitas esta manhã se enquadram numa “estratégia política que foi desde a greve de fome até ao ataque sistemático nas redes sociais” e que procura “gerar um clima que, como se vê, é claramente intimidatório”.
Acerca da polémica, o autarca afirma que “nenhum lavrador informado do Corvo está do lado do sr. Estêvão, embora já tenha conseguido recrutar alguns, poucos, menos informados, para a sua causa”.
José Manuel Silva acusa o representante parlamentar do PPM de ter descoberto “mais uma forma de fazer política: ataca o Governo Regional, agora também através da câmara municipal, e não tem uma proposta de obra ou de desenvolvimento que seja para o Corvo”.