O líder do Governo açoriano, José Manuel Bolieiro, no âmbito da vista estatutária à ilha Graciosa, deslocou-se hoje à associação dos agricultores locais, onde se reuniu com os novos corpos sociais e se inteirou de ambições “relativas à agricultura e ao seu desenvolvimento”.

Lembrou que ao nível da agropecuária e da fruticultura a ilha Graciosa tem “um património muito rico” e que, como líder do Governo Regional, tem orgulho da economia local, “que não vive na dependência dos alimentos vindos do exterior, mas tem capacidade não só de autoconsumo” como “até de expedir a sua produção”.

No encontro também foram abordados desafios do futuro e contou que a direção da associação propôs “a exigência de experimentação” para a resiliência dos produtos face às alterações climáticas.

“Parece-me que foi uma reflexão muito interessante e que o Governo [Regional] leva muito a sério, para potenciar e incrementar a experimentação, a investigação e a inovação”, afirmou José Manuel Bolieiro aos jornalistas.

O presidente da Associação dos Agricultores da Graciosa, João Mendonça, explicou que com as alterações climáticas “há necessidade de os agricultores se adaptarem com novas espécies forrageiras”.

“Temos que desenvolver, estudar, espécies forrageiras que se adaptam melhor ao clima da nossa ilha”, acrescentou, dando o exemplo das leguminosas, nomeadamente trevos e luzernas.

O objetivo da associação é “fazer campos de ensaios com leguminosas e gramíneas”, com o apoio do Governo Regional açoriano, que dará o apoio técnico.

João Mendonça admite que “até final do ano” possam começar a ser desenvolvidas algumas atividades no âmbito do projeto experimental a desenvolver pela instituição que lidera.

Referiu que a ilha Graciosa, com 62 quilómetros quadrados de área, “faz já 377 hectares de milho para forragem”, para que possa “ficar cada vez mais autossuficiente” na alimentação animal.